IMPÉRIO DO AMOR |
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orivaldo grandizoli |
Resumo: ... |
Não sou eu que desperto
mas sim o barulho das folhas dos coqueiros do deserto
é que toca meus ouvidos e canta a canção bárbara
trazendo-me ao mundo dos vivos e dos sonhos
e nele ando descalço e desprotegido...
Não sou eu que escolho
mas sim o barulho dos dados sobre a mesa onde os deuses jogam
diz que número é o meu no labirinto
e dali saio com orelhas sinfônicas
ou aparvalhado com o barulho das bombas
e no tabuleiro movo as peças do xadrez infinito...
Não sou eu que abro as portas do meu coração
mas sim teus dedos delicados que ornam anéis de sangue e fogo
compreendo o avesso do avesso do avesso
e cumprimento os que jogam arroz
e minha amada joga o buquê
que cai nas mãos
da doce virgem vestal...
Não sou eu que escrevo poesias
mas a poesia já estava escrita nas folhas das macieiras
e eu - que comi o pecado com os lábios da minha escolhida
visto os andrajos e passeio no cósmico recreio
onde reina a paz e impera a solidez do amor...
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Biografia: Se a palavra vem da boca
nasci quando a genealidade marcou touca
e me pôs para cantar em voz rouca...
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