Uma varandinha é uma varandinha, nada mais que uma varandinha,
No entanto uma varandinha é, para o espírito, um elo tão bendito,
Uma ligação festiva entre o limitado e o infinito.
Nela se dá o parto do espaço onde a alma voa e passeia,
Da amplidão que traz a brisa e leva a inquietude do restrito,
Do ilimitado que nos consola da decepção ante o diminuto,
Da imensidão que mitiga a mágoa da alma sufocada pelo exíguo,
E tudo é infinitamente diferente de como seria sem uma varandinha.
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