Se tiver que ser, que seja,
a espada como sobremesa
a arrancar da vida o último suspiro,
que seja o arrancar das pétalas do lírio
branco que se manchará de rubor,
que seja, se assim, for,
para se viver de amor...
Se tiver que ser agora
o momento em que surge a aurora
que espanta o desamor,
que seja, se assim for,
esbranquice esse bronze etéreo,
esse aço sério
que de nada ri,
que seja agora,
seja aqui,
esse momento
de inventar as horas
para um outro tempo
surgir...
|