não sou de paz,
pois crio a guerra,
vivi na espera,
da luta sem trégua
por mim e por ti.
soldado atiçado,
sempre preparado,
rodei qual peão,
na lama caí.
sujei meu vestido,
lacerei o meu manto,
joguei fora o pranto,
que ninguém de mim quis.
como ave ensinada,
guiada na estrada,
andei desvairada,
ao delírio emborcada,
à morte decretada,
até outra vida, pois...
neste tempo morri...
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