Era um dia como outro qualquer (para todos os outros, não para mim). O porquê? Ora, já tinha conseguido passar pela porta prata, da entrada do cemitério. Tudo bem, até aqui, comum vai... Mas algo, há um certo tempo me intrigava. Comecei a perceber que uns corpos, repentinamente, sumiam de minha vista. Pensava eu que eram depositados no local considerado adequado pelo menos. Pois bem! Aí, surgiu a minha surpresa: quando me deparei com uns três corpos ali, diante do meu nariz, no térreo do cemitério! Não comuniquei ninguém, mas já sabia quem era o culpado, só precisava provar minha teoria.
Assim, uns dias depois, como contei no início, voltei ao cenário. Passei pelo portão prata e a luz logo se acendeu, batendo na minha face. Fui com cautela e tentando não fazer barulho, era quase uma espécie de missão secreta. Desci todos os andares e quando cheguei no térreo... Acreditem ou não, os corpos continuavam lá, intactos, num canto, próximos à parede. Tive que fazer o serviço pesado, os recolhi e logo levei tudo para o lixo! Ah, não, poxa... não dá, não gosto de bagunça. Três potinhos de margarina praticamente vazios, só ocupando espaço na geladeira? Aqui, sem chance!
Quanto ao autor de tais atos, xi... é sigilo. Parece que se trata de uma quadrilha!
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