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Motivação
Sílvia de Sousa

O que podemos considerar motivação?
     Tudo começa muito cedo e nem percebemos, quando crianças somos conduzidos a termos disciplinas e valorizar objetos, fatos, pessoas, coisas, profissões, dentre tantas outras conforme análise e concepção de quem nos cria. Falo dessa forma, porque independentemente de termos sido criados pelos pais biológicos, adotivos, irmão, tios, parentes, avós... em fim, somos conduzido por essas pessoas na formação de nossa personalidade e princípios básicos para toda a vida. Em algum momento futuro eles poderão mudar, e vão mudar, alguns permanecerão para sempre como lápides cimentadas em nosso cérebro e mente, e nunca mais se desmancharão, poderemos usá-los, como também podemos só dar uma passada olhá-los e deixá-los lá no sono da eternidade.

     Existe um momento na vida, aliás há vários momentos na vida que seremos nocauteados como em um round da final da MMA. Sim, a vida vai chegar socar tanto a fim de nos derrubarmos no chão, e não conseguirmos nos ergue em segundos. E é ai que tudo começa a ficar mais perigoso. Pois temos valores, princípios e conhecimentos passados de outras pessoas pra nós, sobre tudo que possamos imaginar; mas ninguém me ensinou como levantar do chão no caso de um soco no estomago, ninguém disse que teríamos pouquíssimos segundos para estar de pé, senão estaria tudo acabado e a luta perdida. Ninguém nos preparou para os encalços mais exagerados que a vida nos dá. E nessa hora que caímos, que nos afundamos em um terreno escorregadio e argiloso, onde qualquer descuido poderemos ficar soterrados para sempre. É necessário agir com calma e sabedoria, o que é muito difícil.

     Fato é que você tinha tudo, ou pela menos achava que tinha, amor, família, dinheiro, respeito, lar, dignidade, e como uma bomba nuclear resta mais nada, apenas gases tóxicos para vivermos dia após dias respirando-o, até que cansaremos e deixaremos que os levem a morte.

     Interessante a palavra “morte”, já percebeu quanto a impacto ela causa na vida de cada pessoa que a escuta. Uns tem pânico, outros fobia, outros se vêem cheios de teorias inexplicáveis porém, quase convincentes sobre ela, e há aqueles que a acha engraçada.

     O fato é que a palavra morte tem se tornado muito constante em minha vida nos últimos meses. Já convivi com ela, mas nunca havia chegado tão perto como estou agora. E não falo de que eu vou morrer, apesar disso poder acontecer. Falo de ter estado ao lado dela juntamente com a pessoa mais importante da vida. Quando isso aconteceu, a morte adquiriu outro significado e outro sentido, confesso que tenho dado vários sentidos e significados a ela, ainda não cheguei realmente em uma conclusão precisa. Mas posso afirmar que a morte pode ser sua amiga; entretanto também poderá ser sua maior inimiga.

     Claro que ninguém quer uma explosão nuclear e muito menos respirar gases tóxicos. Todos querem viver, de forma certa, errada, divertida, estranha, não importa! Todos querem viver! Ou pelo menos a maioria.... mesmo que por extinto de sobrevivência histórica iremos dar um jeito de escapar, tentaremos, manipularemos situações, analisaremos caminhos, meios e fins e tentaremos escapar.

     Nessa hora que perdemos tudo, e você olha ao seu redor e percebe que não há mais ninguém lá fora, que não dará a mão pra ninguém, e mesmo assim você tem que ir; não importa se quer ou não, se tem medo ou não, não importa qualquer coisa que pense a respeito, você tem que ir. E você vai.... parecendo forte e escondendo os tropeços, não sabes se estás acertando ou não, mas sabe que faz o que é razoável a cada momento, dedicando-se, e cumprimento com o dever que a vida te impôs, e esqueces de ti mesmo, e você pensa estar fraco demais, mas não está. E consegue ir mais um pouco, e um pouco.... e de repende você tropeça novamente e sente febril, cansado, mas acredita que consegue só um pouquinho mais.... e você vai, anda, anda, corre e corre, e vai e vai até que você está fadigado, doente, desesperado, mas ainda acredita em si e que vai dar conta e segue o caminho novamente, mesmo que seja de joelhos e demore o dobro de tempo.... você vai.

     E é dessa força que olhando friamente não se sabe de onde surge é que você vê perspectivas e começa a ter expectativas novamente. Você vê que fez muito mais do que poderia imaginar, ou do que acreditara que poderia fazer.... percebe que foste capaz de tantas coisas e mesmo sem saber se era certo, ao final viu que acertou, percebe que fez o melhor e o seu melhor, foi realmente o melhor; se é que me entende. E é nessa hora que a palavra morte significa algo que não quero pensar agora. É nessa hora que acreditamos que conseguiremos conquistar todos nossos objetivos e metas. Podemos ir atrás de nossos sonhos se acreditarmos neles, todos os dias devemos acreditar neles.

     Hoje eu ainda não realizei metade ou mais da metade dos meus sonhos e objetivos. Apenas tenho planos, muitos planos. São só expectativas. E por essas existirem é que tenho força e fé de levantar a cada dia. Esperança de ver tudo o que me fez sofrer se dissipando como fumaça ao vento. E sinto realmente que isso vai acontecer, mesmo sem ter prazo certo, já tenho o suficiente para ter certeza disso. Pois tenho fé e acredito nos meus sonhos e metas, eles não são inalcançáveis, estão logo ali. Eu só preciso esperar um pouquinho mais, porque ainda não estou pronta. Preciso de um pouco mais de tempo; pois assim que tiver a liberdade que tanto almejo, ai sim estarei pronta para ir atrás e realizar todos os propósitos que idealizei para a minha vida. Por isso não percamos a fé, não tenhamos medo, somos mais fortes do que realmente parecemos ser.


Biografia:
Sílvia de Sousa Advogada. Pós-graduada em ciências jurídicas.
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Publicações de número 1 até 4 de um total de 4.


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