Quando o sol se esconde
e dorme de olhos abertos,
eu, composto mineral, mais que onze,
caminho sem sombra, discreto,
entre o que parece e o que é,
ser ou não ser, alma a pé...
Tomo minha mão e me levo pelo caminho
onde flores brotam mansamente,
não me furto aos meus espinhos,
ser que sou da dor decorrente...
Me fio na luz que surge no horizonte,
que subo o escarpado calvário,
que fere a maldade minha fronte,
filho da vida, só, solitário...
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