Como fosse o céu um vitral
estendo o pincel e desenho o anjo
que descerá em carruagem sem nenhum animal
a animar-lhe a vinda, tocando banjo...
Do chão ao céu em segundos chego,
em cada pincelada envio um desejo,
perpetuo a coragem, mãe do medo,
nunca é tarde para quem ama cedo...
Como fosse um ente à espera de um milagre
ergo os olhos e busco fendas no céu azulado,
entro pé ante pé e meu coração invade
a sala dos mistérios onde santos
expiam meus pecados...
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