Quarenta e dois graus de formosura, meu juízo se derrete a cada curva que meus olhos cobiçosos e atentos percorrem tamanha venustidade. Minha libido se inflama a cada toque e as palavras ditas, mas não compreendidas, ecoam em minha mente infame, destilando de maneira imoral as fantasias mais intimas.
Sinto esse desejo entre meus dentes, permitindo-me mastigar meus sentidos e o que resta da minha sanidade. A loucura tem um gosto amargo e proibido que somente aqueles verdadeiramente dispostos a degustar o seu sabor conseguem descrever com perfeição… E vicia, tão certo como os amores de verão.
Um metro e sessenta e nove, talvez um pouco mais, chacoalhando o meu mundo particular como um show dos Stones, a ladra dos meus últimos suspiros do dia, musa libidinosa, garota singular que o modo de pensar me faz voar sem sair do lugar.
Então plano minhas asas e voo em círculos sem saber, almejando o horizonte que é sempre distante e não importa o quão forte eu bata minhas asas ou o mais longe que posso chegar, quando a noite passar, tudo será sobre ela.
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