Olho para o meu cão
e sei que não saberei o que é fazer
o que ele faz sem nada receber,
nem que eu use, para saber, meu coração...
Se me pedem as horas
é como se o meu tempo fosse embora,
se pedem que eu diga onde Deus mora,
aponto para um ponto cardeal, sem demora...
Olho a árvore que lança seus frutos
ao chão faminto,
olho o rio que oferece
peixes lindos,
o sol que esbanja seu sorriso amarelo,
olho para os meus pés
e sei que preciso de chinelos...
Olho para mim, no espelho,
só vejo o rosto,
não vejo os joelhos
que tremem de tanta emoção,
saber que levarei à escola da vida,
como se fosse a primeira vez,
meu velho coração...
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