Arde em febre a tarde com saudades do frio;
já não se senta à beira-mar a escutar o cio
da onda que se deita na praia,
lassa, entregue, sem saia...
O morno vento que vem do Norte
a esquentar as folhas que rodam ao léu,
o sopro de calor, consorte
do sol que arregala os olhos no céu...
Ardo eu de saudades de você,
pequena brisa que acarinha minhas narinas;
até hoje não descobri porque
nossos destinos vivem diferentes sinas...
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