Se houver,
a felicidade mora numa cidade sem ruas,
não anda, voa, seminua,
sobre paralelepípedos,
rejeita moções de guerra,
nunca toma comprimidos,
ri de tão feliz que é,
espia quem vive pela terra
pelos seus olhos que não são de vidro...
Os homens a procuram,
vagam dentro da internet,
gravam com canivetes
seu nome nas árvores do campo,
por esperarem alguns se dão ao pranto,
outros se entopem de espaguete,
alguns a encontram, outros, no entanto...
Ela, a felicidade,
multifacetada, explode seu conteúdo;
é muito mais fácil que se dê, de verdade,
não aos que muito falam, mas aos mudos...
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