Acho que amei pouco,
amei com a sanidade
de um cumpridor de deveres,
deveria ter amado até ficar rouco,
que se afastasse a mentira da paixão
e permanecesse o amor de verdade...
Resistir para que
se não há nenhum poder
em se viver só,
preso ao fato de não ter dedos
para soltar o nó
que desata e liberta a vontade?
O pó da ilusão espalhado no ar,
a hipnose que nos muta,
quem escutará, em nossa voz,
a poesia oculta?
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