Aquela casa triste, só, abandonada
Em apatia e melancolia esperava
O beijo da noiva noite, cansada
Ansiava por aquele alento
Desejava grandemente tal momento
Enquanto soprava, sussurrante, o vento
Casa velha, suja, entregue às traças
E insetos que nem mais lá moravam
Eles saíram e outros chegaram
E chegam ainda com a noite
Para preencher sombrio vazio
Presenças estranhas que ninguém jamais viu
Publicado numa coletânea "Palavra é Arte" e na página "Rascunhos Escondidos"
|