Como é sabido, em 1500, os portugueses chegaram ao Brasil. Essa invasão resultou na tomada da terra dos povos nativos e na sua escravização.
Em seguida, a coroa portuguesa implantou o modelo colonizador exploratório, que tinha por objetivo extrair o máximo de riquezas existentes.
A ocupação inicial lusitana privilegiou a ocupação litorânea. Resultado: isso resultou em maior desenvolvimento e industrialização da costa. Hoje, a faixa costeira concentra a maior parte da população. Mais, boa parte das riquezas produzidas ficam no litoral sudestino.
Pois bem, o fato é que o interior do país não se industrializou e nem se desenvolveu como a costa. Ainda hoje concentra os estados menos desenvolvidos e mais pobres do Brasil. Ninguém nega que falta melhorar e muito a infraestrutura da região.
Com o objetivo de promover o desenvolvimento do interior do país e reduzir a desigualdade com o litoral, o presidente Juscelino Kubitschek (1956-61) mudou a capital federal do Rio para Brasília, que fica na região Centro-Oeste.
Alguém já escreveu que o programa desenvolvimentista de JK atraiu o capital estrangeiro e estimulou o capital nacional com incentivos fiscais e financeiros e medidas de proteção do mercado interno, assim, implantou uma indústria de bens de consumo duráveis - sobretudo eletrodomésticos e veículos. Mais, 400 multinacionais e 13 fábricas automotivas instalaram-se no País.
Trocando em miúdos: o Brasil litorâneo ainda é mais desenvolvido que o interiorano. Ou seja, é preciso repensar isso... No entanto, graças a Juscelino as diferenças diminuíram. Porém, há muito a ser feito ainda.
A verdade é uma só: é preciso investir mais nas regiões mais pobres deste país. É necessário diminuir a renda desigual, melhorar a educação, a saúde e promover industrialização das áreas mais menos favorecidas...
Enfim, o que se busca é um igualitarismo entre a costa e o interior, ou melhor, entre uma nação subdesenvolvida e outra primeiro-mundista. Entre a Belíndia (Bélgica e Índia) - regiões Norte e Nordeste - arcaica, excludente, que tem altíssimas taxas de mortalidade infantil e analfabetismo. As regiões Sudeste e Sul, ao contrário, são ricas e desenvolvidas. Uma nação moderna. (13/4)
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