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Lágrimas de Prata
Arauto das 7 letras

Resumo:
narra uma história em que um rapaz recomeça a sua vida após ter grande parte de sua memória apagada.

     
     Uma casa simples... Tão bela e aconchegante, que até consigo ter momentos de nostalgia de minha queria e tão dura infância. Ao olhar para os lados vejo as paredes de madeira grossa sujas pelo tempo desde que elas ali foram erguidas, mas não consigo administrar a dor tremenda que eu sinto em meu braço esquerdo, totalmente dilacerado vejo meu sangue escorrer até a ponta dos meus dedos. Algo me puxa para fora de mim, como se minha mente fosse viajar, e já não contendo mais forças para contestar, eu me deixo levar por ela.
     -Meu nome é...
     -Sei que o meu desejo é apenas esquecer tudo isso e sei que uma vida nova requer um grande sacrifício, e que farei de tudo para conseguir meu principal objetivo...
     -Encontrar e libertar a donzela com azul nos olhos...
     Acordo um pouco desnorteado, e meio sem saber o que se encontra ao meu redor, sinto fortes dores de cabeça, muitas vezes minha visão fica turva e completamente embaçada. Não consigo enxergar nada em minha frente, mas ainda sim, sinto meus braços se mexendo, um deles com bastante dificuldade. Não consigo compreender o que ele tem de errado, sinto bastante molhando.
     Levanto-me do chão de pedra, olho para os lados e vejo um papel com a minha letra:
     - Não precisa ter medo, se esta lendo esse bilhete é por que nosso plano foi concluído com sucesso. Sei que muitas de nossas escolhas foram erradas mais creio que a partir de agora você conseguirá criar um novo caminho de sabedoria;
     Logo a baixo o pedaço se encontra rasgado e são poucas coisas que eu consigo entender.
     -... Ele não medira esforços para arrancar isso de você;
     -Antes de sair olhe no baú escondido em baixo da cama, abra-o com os números 3424. Lá dentro você encontrará muitas coisas que irão lhe auxiliar em sua busca;
     -Não se esqueça mate Vicente Rodriguez, ele será a principal causa dos seus problemas a partir de agora.
     Após terminar de ler-lo olho para meu braço ainda sangrando, como se o ferimento tivesse sido feito pouco tempo a traz, caminho em direção a luz de um candelabro de prata com marcas de sangue. Talvez elas devessem ser minhas.
     Seguro ele com minha mão direita, caminho reto e escorando meu ombro na parede para conseguir equilíbrio e tento entender o que seria aquele trecho que faltava, e como encontraria aquele baú. Diante de Todo aquele sofrimento algo engraçado começou a surgir e uma risada brotou de dentro de mim, um pouco suprimida pela dor, mais ainda sim, aquilo parecia ser a fonte de toda a força de vontade que eu tinha.
     Cerca de 4 minutos andando em linha reta encontro uma porta de madeira quebrada em uma de suas extremidades, olho através dela e vejo o que aparenta ser uma adega um pouco destruída, e com o chão encharcado com vinho, onde boa parte dele já havia secado; abro a porta ando por toda a extensão daquele cômodo, ele deveria possuir um pouco mais de duzentos metros quadrados. Acabo encontrando muitas coisas inúteis dentre elas pedaços de pano, sal, açúcar, pólvora e o que parecia ser um pouco de mercúrio; o engraçado é que aquilo parecia ser exatamente o que eu precisava para começar a tratar de meu braço.
     Saio da adega com tudo o que eu encontrei dentro de uma trouxa que eu consegui montar com os panos e a posiciono em minhas costas como se fosse uma mochila, com a tocha que encontrei antes, procuro por alguma outra sala onde eu poderia explorar por mais suprimentos, ou até mesmo, um local adequado para realizar meus curativos. Mas tudo o que vejo é um corredor longo como se parecesse uma masmorra da época medieval.
     Eu me sento no chão para descansar um pouco, parecia que andar apenas alguns metros virava quilômetros, e que mesmo diante de todo aquele esforço, eu não iria conseguir progredir naquela situação; coloco a minha tocha apoiada na parede, e então começo a examinar a gravidade de meu ferimento. Vejo que na parte de traz, um pouco mais a cima de meu cotovelo um corte mais profundo se estende por uns seis centímetros. Aquilo sem dúvidas levaria mais de 10 pontos para melhorar.     
     Levanto-me após um breve descanso e sigo o meu caminho para ver onde aquele corredor gigante terminaria. Já devo ter perdido pouco mais de 2 litros de sangue, devido ao rastro que venho deixando, e com o pano encharcado sobre o ferimento maior. Aquela risada sinistra e perturbadora começa a voltar e vindo aos poucos surgindo dentro de mim, até que ela se cessa quando vejo o que tem pela minha frente...
      -Engraçado você me olhar assim; para alguém que parece estar tendo um dia horrível o seu rosto não transmite isso.
     Aquele rosto me parecia familiar, mas algo não me deixava me recordar. Aqueles olhos castanhos escuros, com uma expressão cansada e sinistra, parecia alguém que não queria ter muitos amigos.
     -Engraçado encontrar alguém no meio do que parece ser uma masmorra, e nem coragem para dizer o nome tem...
     -Para alguém que esta quase perdendo um braço, ter cuidado ao falar com os outros seria algo muito bom não acha?
     Encaro-o por alguns instantes sem abaixar minha guarda...
     -Afinal o que te traz a um lugar tão escondido? Esta a minha procura?
     Seus olhos se fecham e ele se vira de costas.
     -Meu nome não vem ao caso, o que você precisa saber é que seguindo esta direção você encontrara exatamente o que esta a procura nesse momento. Alem disso se eu fosse você não confiaria em mais ninguém a partir de agora, qualquer laço ou afeição com outra pessoa colocaria você em uma situação desagradável. Bem isso é tudo.
     Ele retira de sua calça o que aparenta ser um revolver e dispara em minha direção. Sinto um líquido escuro escorrer entre meus olhos, e depois não vejo mais nada.
     Vejo ao meu lado uma moça, dormindo de uma maneira brusca em cima de uma mesa. Encaro-a com muito desconforto e me levanto para ter uma ideia do lugar onde eu me encontrava agora; vejo que me encontro apenas com uma calça e que meu braço esta normal. Por alguns instantes fico sem entender o que tinha acontecido, mas logo esqueço, com aquela moça ainda deitada imagino que ela seja, será ela a donzela com azul nos olhos?
     Lembro do que aquele bilhete me informa que haveria um baú em baixo da cama; olho para ver se a informação era verídica. Espanto-me ao ver um baú branco com detalhes ao ferro um pouco enferrujado. Quem quer que seja a pessoa que o colocou lá tinha certeza de que ninguém iria mexer nele; mas eu sabia a senha do cadeado. Ao abrir vejo uma série de coisas velhas por cima, mas duas coisas chamam a minha atenção, o primeiro era uma garrafa de whisky com uma coloração vermelha aquilo parecia ser algo divino. A segunda era uma espécie espelho negro, vejo algumas formas dentro dele que pareciam estar dançando.
     Quando toco nele minha cabeça parece explodir, todas as emoções que poderia existir aparecem de uma só vez, sinto-me como se fosse alguém com o poder de dominar o mundo, mas ao mesmo tempo sinto-me como se não fosse ninguém. Minha consciência pouco tempo depois, me lembro da garrafa de whisky...
     -Poxa você levanta e nem me convida para encher a cara também não é mesmo...
     -Acorda, se não olhar para mim agora mesmo irei cortar seus testículos...
     Aquela voz aparentava ser de mulher, começo a rir novamente sem nenhum motivo. Sei que pouco tempo depois levo um chute na minha cabeça e caio no chão tonto.


Biografia:
não sei ao certo se minhas histórias são interessantes, por isso conto com as suas críticas.

Este texto é administrado por: arauto das 7 letras
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Crônicas Lágrimas de Prata Arauto das 7 letras


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