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Comentário de Filipenses 3.10,11
Calvino

Por João Calvino

“para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte;
para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.” (Filipenses 3.10,11)

Por João Calvino

“Para que eu possa conhecê-lo”. Ele ressalta a eficácia e a natureza da fé - que é o conhecimento de Cristo, e que, também, não de forma despida ou indistinta, senão de tal forma que o poder da sua ressurreição é sentido. Ele se refere à ressurreição com o sentido de conclusão da redenção, assim que isto engloba ao mesmo tempo a ideia da morte. Mas como não é o suficiente conhecer a Cristo como crucificado e ressuscitado dentre os mortos, a menos que você experimente, também, o fruto disto, ele fala expressamente de eficácia. Cristo, portanto, é justamente conhecido, quando sentimos quão poderosa é a sua morte e ressurreição, e como são eficazes em nós. Agora todas as coisas são fornecidas a nós - expiação e destruição do pecado, a liberdade da condenação, a satisfação da justiça de Deus, a vitória sobre a morte, a realização da justiça e da esperança de uma bendita imortalidade.
“E a comunhão dos seus sofrimentos”. Tendo falado da justiça que é livremente conferida, que foi adquirida por nós através da ressurreição de Cristo, e é obtida por nós através da fé, ele passa a tratar dos exercícios dos piedosos, e para que não parecesse como se ele tivesse apresentado uma fé inativa, que não produz efeitos na vida. Ele também sugere, indiretamente, que estes são os exercícios em que o Senhor deseja que seu povo se empenhe; enquanto os falsos apóstolos apresentavam os elementos inúteis de cerimônias. Que cada um, portanto, que se tornou, pela fé, participante de todos os benefícios de Cristo, reconheça que uma condição deve ser apresentada a ele - que toda a sua vida seja conformada com a sua morte.
Há, no entanto, uma dupla participação e comunhão na morte de Cristo. A primeira é interior - que a Escritura costuma chamar de mortificação da carne, ou a crucificação do velho homem, do qual Paulo trata no sexto capítulo de Romanos; a outra é exterior - que é chamada de mortificação do homem exterior. É a perseverança da Cruz, da qual ele trata, no oitavo capítulo da mesma epístola, e aqui também, se eu não me engano. Porque depois de introduzir junto com esta o poder da sua ressurreição, Cristo crucificado é colocado diante de nós, para que possamos segui-lo através de tribulações e angústias; e, portanto, é feita expressamente menção à ressurreição dos mortos, para que saibamos que temos de morrer antes de viver. Este é um assunto contínuo de meditação para os crentes, enquanto estiverem peregrinando neste mundo.
Isso, no entanto, é uma consolação especial, que em todas as nossas misérias somos participantes da Cruz de Cristo, se nós somos seus membros; assim que, através de aflições o caminho está aberto para nós à bem-aventurança eterna, como lemos em outros lugares,
“Se morrermos com ele, também viveremos com ele; se sofremos com Ele, também reinaremos com ele.” (2 Timóteo 2.11).
Todos nós devemos, portanto, estar preparados para isso - de que toda a nossa vida deve representar nada mais do que a imagem da morte, até produzir a própria morte, como a vida de Cristo não é nada mais do que um prelúdio da morte. Nós desfrutamos, no entanto, nesse meio tempo, desta consolação - que o fim é a eterna bem-aventurança. Porque a morte de Cristo está ligada com a ressurreição. Por isso Paulo diz que ele está conformado com sua morte, para que ele possa alcançar a glória da ressurreição. A frase, “se, por qualquer meio”, não indica dúvida, mas expressa a dificuldade, com vista a estimular o nosso esforço sincero, na medida em que devemos lutar contra tantos e tão sérios impedimentos.

Traduzido e adaptado por Silvio Dutra.

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