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Lídia
Paixão e morte no Cangaço
Teresa Raquel Nogueira Emídio

Resumo:
Sinopse: Sertão,Nordeste do Brasil,1934 Acampamento do bando de Lampião e do bando de Corisco ,os dois chefes se aliam para lutarem contra os macacos(forças volantes) do governo,Lídia a esposa do temível cangaceiro Zé Baiano do bando de Lampião se apaixona perdidamente pelo cangaceiro Bem –ti- vi do bando de Corisco,em um dos encontros amorosos eles são surpreendidos pelo cangaceiro Coqueiro que exige que lídia transe com ele também em troca do silêncio ou então contará tudo pro terrível Zé Baiano.Será que a bela e fogosa Lídia cederá as chantagens baratas do cangaceiro Coqueiro ou enfrentará um terrível destino nas mãos de seu marido Zé Baiano,o temível negro dos sertões? Confira essa história.

Personagens
     Lídia: Cangaceira:esposa do Cangaceiro Zé Baiano,amante de Bem – ti- vi.
     Cangaceiro bem –ti – vi: Cabra do bando de Corisco amante de Lídia
     Cangaceiro Zé Baiano: Cangaceiro do bando de Lampião,marido de Lídia.
     Cangaceiro Coqueiro: Cabra do bando de Lampião surpreende Lídia e Bem -ti- vi juntos
      Lampião:Chefe supremo do cangaço.
     Maria Bonita:Rainha do Cangaço e mulher de Lampião.
     Corisco:Um dos chefes de sub-grupos do cangaço.
     Dadá: Esposa de Corisco.
     Cangaceiro Gato:Cabra do bando de Lampião,assassino de Coqueiro.
     Moita Brava:cabra do bando de Corisco.
      Catingueira: Cabra do bando de Corisco.
     Gitirana:Cabra do bando de Corisco.
     Pó corante: cabra do bando de Lampião.
     Demudado:cabra do bando de Lampião02.
     Manoel Moreno: cabra do bando de Lampião.
     Cangaceira Durvalina
     Cangaceira Cristina

Cena 01
Encontro com Bem –ti –vi.
{Caatinga cercada por Mandacarus,e xique –xiques,ascende-se as luzes, Bem-ti-vi no meio do palco catando e atando um feixe de lenha,pra cozinhar a macaxeira ,atrás do Mandacarus vê-se uma sombra de mulher entre os espinhos,é Lídia se aproximando e chegando perto de Bem -ti- vi,toda insinuante e dengosa,chega agarrando Bem – ti- vi.}
Lídia: Nunca mais deu as cara pra eu,porque?
Bem –ti- vi { tentando se afastar de Lídia }: Ói Lídia é mior nóis parar por aqui,isso já foi longe demais Lídia,Zé Baiano um dia pega nóis e eu num quero morrer pela espingarda de teu homem não,vai haver uma sangueira desgraçada se ele pega nóis dois.
Lídia: Oxente! Ta amarelando agora é? Tu antes num tinha medo,tá com medo agora pru mode de que , num é macho não pra peitar Zé Baiano?
Bem – ti – vi: Tu sabe muito bem que eu sou cabra macho.
Lídia{ Sensual no ouvido de Bem – ti – vi }:Oxente! E eu não sei como tu é macho, tu já me mostrou isso um monte de vez,{acarinhando o cabelo de Bem – ti – vi }: Num se aperreie não homem, capitão Lampião mandou Zé fazer um serviçim na fazenda de um coroné,Zé vai demorar a vortar {amostrando as pernas pra bem – ti- vi }e eu to aqui,todinha só pra tu{beijando a boca de Bem – ti –vi }.
Bem – ti – vi{ tentando conte o desejo }: Lídia,Lídia, tu num me atenta Lídia, que eu num sou de ferro, mulher.
Lídia{ agarrando Bem – ti – vi }: Oxe e eu num sei?já to sentindo tu todo armado.
Bem – ti – vi: Cumpadre Zé num dá mais conta do recado não é?
Lídia: Pra mim Zé é bom,mas é bom inte demais,chega enjoa.
Bem – ti – vi: Oxente,Cumpadre Zé perdeu a macheza foi ?
Lídia: Agora só quero saber de tua macheza.
Bem – ti –vi { repelindo Lídia }Lídia,Lídia apaga esse teu fogo mulé,eu já disse que isso ta ficando perigoso demais, é mior ocê ir se embora e me deixar quieto aqui que vou cozinhá as macaxeira .
Lídia: Oxe, o que foi que deu em tu agora pra negá fogo a mulé? Tô achando que quem perdeu a macheza foi tu,ta virando macho e fêmea agora é? Ou é a tua macaxeira que num quer mais saber de mulé?
Bem – ti –vi { agarrando Lídia } Ocê me arespeite Lídia que num sou macho de negá fogo e quer sabe? A minha macaxeira gosta de mulé sim e vou provar pra tu e é agora.
{derruba Lídia no chão e ela abre as pernas pra bem- ti- vi, ele tira o chapéu,as cartucheiras,as botas e a camisa e parte pra cima dela,os dois se beijam e se amassam.
Lídia: Eita que gosto é assim de cabra macho que num nega fogo.
{Bem-ti-vi vê alguém se aproximando pensa ser Zé Baiano e fala}
Bem- ti –vi : Valei-me meu padim padre Ciço , é cumpadre Zé Baiano e ele vai me matar.
{Bem – ti – vi foge com as calças na mão }
Lídia: Oxente cabra tu vai me deixar aqui sozinha é?
{aparece o cangaceiro Coqueiro e Lídia se recompõe e se levanta}
Lídia: Oxente Coqueiro o que tu ta fazendo aqui peste?
Coqueiro{chantageando}:Eita que eu vi foi tudo vice! Eu sei que tu ta dando pro cumpadre Bem – ti- vi, deixa só cumpadre Zé Baiano saber disso.
Lídia: Zé Baiano acredita em tudo o que digo cabra besta.
Coqueiro: Eu vou dizer tudo pro cumpadre Zé, só tem um jeito de eu num contar{pega no braço de Lídia} a cumadre vai ter que dar pra eu tomem,eu dá ou eu conto {tentando agarrar Lídia}
Lídia{ se desvencilhando de Coqueiro e com coragem }: Pois pode contar,mas num me entrego a um cabra feito tu.
{ sai de cena,Coqueiro permanece}
Coqueiro: Eu contar tudinho pro cumpadre Zé,ai eu quero ver.
{apaga-se as luzes,Coqueiro sai de cena}
Cena 02
As proezas dos cangaceiros.
{Aparece do fundo pro meio do palco Zé Baiano ,Demudado,Manoel Moreno e Pó Corante alegres e com cartucheiras e espingardas na mão}.
Demudado{para Zé Baiano} Eita cumpadre Zé,O capitão Virgulino vai ficar morto de feliz quando souber que o coroné deu mais munição pra nós.
Pó Corante: Eita que agora nós tem é munição pra meter bala nesses macaco do governo.
{todos riem}
Zé Baiano: Cabrueira vamos sembora que já to saudade de minha Lídia e vou levar esses ouro quebrado pra ela.
Manoel Moreno: É vamo simbora prumode que o capitão num gosta que nós demore muito em serviço,vamos cambada.
{saem todos do palco}
Cena 03
A morte de Lídia.
{ Noite,tendas armadas os cangaceiros estão em volta da fogueira,Lampião e Maria Bonita estão no topo da serra,Corisco e Dadá estão mais perto de Gitirana que está com uma safona na mão,em volta da fogueira estão,catingueira,Moita Brava,Durvalina,Cristina , Chega Zé Baiano,Pó-corante e Manuel Moreno, todos se alegram,menos Lídia,lampião e Maria Bonita se levantam e vão até a direção de Zé Baiano. }
Lampião: Entonce Cumpadre Zé como fosse lá com o Coroné Zenóbio?
Zé Baiano: Capitão nós tamo agora é armado contra esses macaco do governo, coroné vai dar toda munição pra nóis meu Capitão.
Lampião { desconfiado }: Se artificou que o cabra é mesmo de confiança?
Zé Baiano: Capitão o coroné tem é reiva   desses macaco da volante e tem mais,coroné sabe muito bem que fim tem cabra que atraiçoa Lampião .
Lampião: Pois bem,diga a esse cabra que Lampião é bom que nem arroz tando Carmo ,Zangado é Sala manta .   
Zé Baiano: Oxente e o cabra é besta de atroiçoiar o capitão?
Lampião: Entoce,da próxima vez vou mandar o cumpadre pra uma missão mais difícil,sei que o cumpradre é cabra macho de cumprir missão.
Zé Baiano: Pode mandar meu Capitão{olha pra Maria e cumprimenta} Comadre Maria como vai?
Maria Bonita: Bem inté demais sabendo agora que o bando tem mais munição.
Zé Baiano:E truxe tomem uns ourinho quebrado pra minha Lídia.
Maria Bonita:Lídia se sumiu no meio dos matos,parece que tá de Calundu ,agora descanse cumpadre { fala com Gitirana } Cumpadre Gitirina,cante uma cantiga pra nós se animar homem.
Gitirana: É pra já Dona Maria.
{ Gitirana se levanta e começa a xaxar tocando um ritmo de xaxado outros cangaceiros acompanham com um triangulo e zabumba, os cangaceiros começam a se animarem, Moreno pega Durvalina e dois começam a dançar e som é interrompido pela chegada de Coqueiro. }
Coqueiro{fala alto pra Zé Baiano} Cumpadre Zé.
{interrompe-se a festa e todos ficam em silêncio.}
Zé Baiano: Que foi compadre Coqueiro?
Coqueiro: Tenho uma coisa pra falar com vosmicê, Cumpadre ta sendo passado pra traz, Lídia ta te botando uns corno na cabeça cumpadre,Lídia ta dando pro cumpadre Bem-ti-vi.
Zé Baiano: {indignado puxa uma faca em direção a Coqueiro} Escute aqui compadre, Lídia pra mim é uma santa,que nem minha mãezinha o cumpadre se retrata antes que o cumpadre morra pela minha pexeira.
Coqueiro: Eu encontrei os dois hoje na maior atracação ,eles tão botando chifre em vosmicê compadre Zé.
{Neste momento chega Lídia}
Coqueiro: Entonce cumpadre,Olha ela aí.
{ tensão no acampamento ninguém esperava por aquilo,aparece Lídia nesse momento.}
Zé Baiano{ cheio de ira com olhos marejando } É verdade Lídia, quer dizer intão que enquanto eu andava na caatinga pra te trazer presentim tu botava chifre em mim com aquele cabra da peste Lídia?
Lídia:É verdade Zé,mas esse cabra safado só contou isso porque eu num quis dá pra ele tomém.
Zé Baiano:{se enchendo de ira}Cadê entonce o teu macho? Cadê aquele amarelo do cú branco,me fala Lídia{gritando} me fala prumode que eu vou matar ele hoje.
{ Corisco toma a dianteira junto com Dadá e seu bando em defesa de Bem-ti-vi }.
Corisco: Epa Compadre cuide de sua muíe que de cabra meu cuido eu,num vou deixar matar bem-ti-vi,não
Zé Baiano:{ guardando a peixeira e empunhado o rifle em direção de Corisco,Dadá,Moita Brava,Catingueira Gitirana guarda a sua safona e vai pra perto do bando de Corisco todos armados,do lado de Zé Baiano se junta Pó Corante,Demudado e Manoel Moreno apontando as armas pra o bando de Corisco}.
Zé Baiano:Cumprade Corisco vai haver uma disgraceira se eu não matar aquele peste,cadê o cabra?
Corisco: Eu já falei cumpadre,ninguém vai matar Bem – ti – vi aqui.
{ Lampião Cochicha pra o cangaceiro Gato dando uma ordem pra matar Coqueiro imediatamente,ouve-se um tiro que é disparado em direção a coqueiro,os cangaceiros,os cangaceiros se abaixam se protegendo-se, Coqueiro cai morto no chão}
Lampião: agora esse peste num faz mais intriga,Cumpadre Zé, Bem – ti- vi é cabra do bando de Corisco e tem servido ele bem, a muíe é que sua,castigue ela entonce.
Zé Baiano: Mas capitão.....
Lampião: Já tão tudo se acabando nas mãos dos macaco do governo,vão querer se acabar tomem?A muíe é que é tua compadre,quem foi falsa foi ela.
Zé Baiano: Capitão tem razão,eu vou amarrar essa rapariga num pé de pau e amanhã eu resolvo que eu faço com ela.
Demudado: A gente amarra ela cumpadre.
{Zé Baiano e Demudado pegam Lídia que aos gritos implora por sua vida}
Lídia: Não Zé, pelo amor de Deus Zé não faz isso comigo Zé,eu sou sua muíe Zé, ocê me quer bem Zé,Zé pelo amor de Nossa Senhora Zé num faz isso.
{ela é amarrada num pé-de-pau,Zé Baiano puxa os cabelos de Lídia}
Zé Baiano: Eu devia ferrar tua cara como eu faço com as muíe de cabelo curto,mas num vou fazer isso não,vou deixar tu amarrada a noite toda e de manhã bem cedinho,eu vou te matar.
Lídia{amarrada e desesperada} Não Zé não faz isso comigo,Capitão { falando à Lampião} num deixa ele fazer isso comigo Capitão.
Lampiâo: Vosmicê é de Zé Baiano,ele faz o que quiser.
Lídia{falando à Maria Bonita}:Cumadre Maria,pede pra o Capitão num deixar Zé fazer isso comigo Cumadre Maria.
Maria Bonita: Lampião mande que Zé só castigue Lídia e dispois deixa ela ir se embora.
Lampiâo{ Seco}:Coqueiro era cabra meu, e eu mandei dar um jeito nele,ela é de Zé Baiano,ele faz o que quiser.
Maria Bonita:{pergunta baixinho pra Lampião}O que será que deu em Lídia pra colocar xifre no cumpadre Zé.
Lampião:Chega Santinha vamo voltar pra nossa tenda.{ordena a Gato e a Pó Corante} Gato,Pó Corante,leve o corpo desse infeliz pra bem longe e enterre.
Gato:Sim meu Capitão,vamo moreno.
{Gato e Moreno,conduzem o corpo de Coqueiro pra longe da cena}

{Lampião e Maria vão pra debaixo da tenda,fica somente Lídia}
Lídia:{Gritando} Zé pelo amor de Deus,não mata Zé,eu juro eu juro por meu Padim Pade Ciço que eu num faço mais isso Zé,mas pelo amor de Deus não me mata,não me mata, eu num quero mais saber de Bem – ti – não Zé,eu juro como vou ser fiel a tu Zé,mas por favor não me mata{ se esgoelando }.
Zé Baiano{sentado no chão e riscado a terra com um rifle oscila a sua consciência entre mata Lídia ou deixa ela viva} Eu vou matar essa rapariga eu vou,muíe nenhuma vai botar xifre n’eu,eu vou matar essa quenga,vou ferrar a cara dessa quenga como eu faço com as muíe de macaco{chorando},mas eu amo Lídia, eu amo essa quenga,mas num posso deixar ela botar chifre n’eu como ela fez agora{ sai correndo feito um louco desesperado na caatinga gritando em direção a Lídia}
Zé Baiano: Porque tu fez isso com eu Lídia,porque Lídia,eu botava comida na tua boca Lídia,trouxe inté uns ouro quebrado pra tu sua quenga falsa,muié dama .
Lídia:{implorando}Zé pelo amor de Deus Zé eu juro que nunca mais faço isso,mas não me mate.
Zé Baiano{voltando a sua raiva}Quenga,falsa tu vai ficar amarrada aí e amainha eu vou ter matar.
Lídia{grita}:Não Zé, não.
{pega uma cachaça que estava dentro do bornal abre-a e começa a beber}
Dadá:Olhe como o cumpadre ta arreliado Corisco?
Corisco:Eu sei,mas num vou deixar ele matar Bem – ti –vi
Dadá:E por falar nisso cadê Bem – ti –vi?
Corisco:deve ter se sumido no meio dessa caatinga,vamo dormir Dadá.
Dadá:Dispois de uma dessa é mior nois ir se embora Corisco.
Corisco:É o que vamo fazer,vamos se arribar daqui amanhã.
{ Amanhece o dia,Zé Baiano com pedaço de pau e vai em direção de Lídia}
Zé Baiano: Chegou tua hora quenga.
Lídia{desesperada} Não Zé,não pelo amor de Deus.
{ Zé Baiano agride sem dó e sem piedade o corpo da companhia ainda amarrado na árvore,Lídia grita com as dores horríveis que está sentindo,os cangaceiros se acordam com os gritos da moça,Zé Baiano bate em todas as partes do corpo da companheira que não resiste as agressões e morre,os cangaceiros ficam consternados com a cena,Zé Baiano desamarra o corpo da morena,e leva para enterrá-la,cava uma cova e enterra o corpo ali,depois se sepultá-la ,crava uma cruz,se ajoelha e começa a chorar em voz cortante e alta }
Zé Baiano:Lídia,porque tu fez isso com eu mulé?Lídia,Lídia .
{Zé Baiano cai de enfrente a cova de Lídia}
Cena 04
No bando de Corisco.
{Acampamento do Bando de Corisco que está sentado na tenda junto com Dadá, os outros dois cangaceiros estão fora de suas tendas jogando baralho e outro está assando um preá no fogo .}
Catingueira:Dizem que agora Zé Baiano anda feito um doido pelas essas caatinga depois da morte da Lídia.
Moita Brava :Mas Zé Baiano fez bem,se eu encontrasse a minha Lili botando chifre n’eu eu tinha coragem de gastar as balas do meu revolver todinho nela e no cabra que tivesse com ela.
Gitirana:{Cochichando} Mas cá entre nós hein quando a Lídia passava inté eu ficava no cinco mai um.
Catingueira:Eu tomem cumpadre,mais era besta por acaso de peitar Zé Baiano?
Moita Brava:Dizem que agora ele anda belas banda da casa de Zé Marques, pegando a muíe do Zé Marques.
Gitirana:Zé Marques é corno manso
{ todos riem}.
Catingueira:Dizem que Florzinha é parecida com Lídia,inté pra botar chifre
Gitirana:Saracura tomem já pegou ela.
{todos riem novamente}.
Catingueira:ganhei,ganhei,é paus agora.


{ Neste momento eles escutam alguém vindo correndo Gitirana vai até o acampamento de Corisco}
Gitirana:Vem vindo alguém,vou avisar pro Capitão,Capitão Corisco,Capitão Corisco,vem alguém aí.
{ os cangaceiros se armam,Bem- ti- vi chega estropiado botando os bofes pra fora }
Bem – ti –vi:Capitão,Capitão Corisco pelo amor de meu Padim Ciço,to morrendo de sede de fome meu capitão.
{ Corisco vem em companhia de Dadá}
Corisco:Onde era que tu tava cabra?
Bem- ti-vi :tava me escondendo no meio desses mato meu capitão,se eu ficasse lá no bando de Lampião,Zé Baiano me matava.
Corisco{olhando Sério pra Coqueiro e decidindo se ele vai ficar no bando ou não}.
Dadá:Corisco,o bando ta precisando de cabra,e Bem-ti-vi é cabra bom,tem servido fiel ao bando,só se enrabixou por Lídia por que é cabra homem ora é essa.
Corisco:Dadá tem razão,vosmicê fica,mas se quiser procurar muié,vai ter que ser longe,num vou mais aceitar muíe no bando não pra num dá confusão,muíe mesmo só Dadá e as que ainda tiver.
Bem –ti-vi: Capitão aquela muíe me pertubava,se inxiria pra eu eu tava necessitado Capitão.
Cangaço:É tem razão!E Lídia deu o que era dela,vosmicê fica,ande se acampe com os outros.
{Dadá ofereceu água pra Bem-ti-vi tirada da sua garrafinha,ele bebe sedento}.
Corisco:Agora se abanque que vamos cumer o preá assado que caatingueira botou no fogo.
{ Bem – ti –vi vai pra tenda junto dos companheiros que o recebe com alegria ele de volta}.
Fim.
       




Biografia:
Me chamo Teresa Raquel Nogueira Emídio,nasci no município de Juazeiro do Norte Ceará sou filha de José Nogueira da Silva e de Maria Terezinha Emídio Cunha Nogueira,sou atriz de teatro da companhia Mandacarú de artes e eventos,fiz faculdade de história na universidade regional do cariri URCA,já publiquei um livro chamado Moacir o filho da dor,fiz várias peças teatrais na Companhia Mandacarú: A casa do Pobre,Uma estrela na macumba,as irmãs castanholas,desmistificando tabus,o hóspede, O reino Maluco de Branca de Neve, também já fiz espetáculo ao ar livre Paixão de Cristo pela companhia Compactur,atuei como figurante no filme o caminho das núvens,faço curso de teatro no centro cultural banco do Nordeste.
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Publicações de número 1 até 4 de um total de 4.


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