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Os Santos Almejam a Glória de Deus
Jonathan Edwards

Por Jonathan Edwards

Na sua melhor disposição, os santos almejam a glória de Deus e se deleitam nela acima de todas as coisas.

De acordo com o relato das Escrituras, a glória de Deus parece a ocorrência que, nos desejos mais sinceros e no deleite da melhor parte do mundo moral - quando este se encontra na sua melhor disposição -, expressa mais naturalmente a tendência direta do espírito de verdadeira bondade, os sentimentos piedosos do seu coração.

Foi assim que, ocasionalmente, os santos apóstolos deram vazão ao exercício ardente de sua piedade e exprimiram sua deferência para com o Ser Supremo. Romanos 11.36: "A ele, pois, a glória eternamente. Amém!"; Romanos 16.27: "Ao Deus único e sábio seja dada glória, por meio de Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos. Amém!"; Gaiatas 1.4,5: "O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!"; 2 Timóteo 4.18: "O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!"; Efésios 3.21: "A ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!"; Hebreus 13.21: "por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!"; Filipenses 4.20: "Ora, a nosso Deus e Pai seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!"; 2 Pedro 3.18: "A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno"; Judas 25: "Ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!"; Apocalipse 1.5,6: "Àquele que nos ama ... a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!".

Foi desse modo que Davi, homem consagrado e doce salmista de Israel, expressou os pendores e desejos ardentes do seu coração piedoso. 1 Crônicas 16.28,29: "Tributai ao SENHOR, Ó famílias dos povos, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios; adorai o SENHOR na beleza da sua santidade"; Salmo 29.1,2 ["Tributai ao SENHOR, filhos de Deus, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade"] e 69.7,8. Veja também Salmo 57.5 ["Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a tua glória"]; 72.18,19; 115.1. E também todo o povo de Deus em todas as partes da terra: Isaías 42.10-12 ["...deem honra ao SENHOR e anunciem a sua glória nas terras do mar"].
De modo semelhante, os santos e anjos no céu expressam a piedade de seu coração: Apocalipse 4.9 ["Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no trono, ao que vive pelos séculos dos séculos"]; 11-14 e 7.12. Esse é o acontecimento no qual o coração dos serafins exulta de maneira especial, como fica claro em Isaías 6.2,3: "Serafins estavam por cima dele ... E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória". E também no nascimento de Cristo, conforme Lucas 2.14: "Glória a Deus nas maiores alturas", etc.

É evidente que essas pessoas santas na terra e no céu, ao expressar desse modo os seus anseios pela glória de Deus, têm deferência para com ela não apenas como um fim subordinado, mas como algo que é, em si mesmo, valioso ao extremo. Seria absurdo dizer que, nessas exclamações ardentes, elas estavam apenas expressando a sua benevolência veemente para com as outras criaturas e exprimindo o seu desejo sincero de que Deus fosse glorificado, a fim de que, por esse meio, seus súditos pudessem ser felizes. Sem dúvida, não é o seu amor, para consigo mesmas ou para com as outras criaturas, que elas expressam, mas sim, a deferência exaltada e suprema para com o Ser mais excelente e infinitamente glorioso. Seria absurdo afirmar que, quando o povo de Deus diz: "Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória" [SI 115.1], deseja apenas que Deus receba a glória como um meio conveniente ou necessário para o seu favorecimento e felicidade. A julgar por essas coisas, fica claro, de acordo com a décima primeira proposição, que a glória de Deus é o fim da criação.

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Este texto é administrado por: Silvio Dutra
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