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A VERDADEIRA HISTÓRIA DE JOSÉ DO EGITO
A verdadeira História de José de Egito
Henrique Pompilio de Araujo

Resumo:
Será que a Bíblia tinha razão ao divulgar os textos referentes a José do Egito. Será que ele era tão bonzinho como a Bíblia afirma. Vejamos neste texto.

A VERDADEIRA HISTÓRIA DE JOSÉ DO EGITO
     A Gênese da Bíblia não foi escrita por Moisés, mas sim pelos hebreus que foram libertos da escravidão do Egito. Eles pegaram os textos orais que corriam naquele tempo, modificaram a vontade, sempre colocando os líderes antigos como pessoas benevolentes e colocaram na Bíblia. A história é bem diferente senão completamente diferente. Moisés, por exemplo, foi um tirano sanguinolento que matou milhares de pessoas.
     Aqui temos a história de José, que é considerado um bonzinho na Bíblia quando na verdade foi outro tirano que matou centenas de pessoas e escravizou quase todo o Egito.
     Esta é a história verdadeira de José contada por Rochester. Rochester é a reenencarnação de José e nada melhor que ele para contar a sua história passada. Este texto é um resumo da obra: “O Chanceler de Ferro”.
     Segundo Rochester a família de Jacó morava numa tosca casa de pedras, cercada de árvores copadas no meio de vastas pastagens para os rebanhos de ovelhas.
     As mulheres vestiam-se de túnicas de lãs e todas tinham grandes atividades no trabalho doméstico, já que tudo era produzido por eles, desde a roupa a alimentação.
     Jacó era o chefe daquela tribo, tinha vasta cabeleira e grandes barbas e algumas rugas no rosto. Naquele tempo o chefe da casa se tornava um verdadeiro tirano, pois era ele quem ditava as leis.
     O filho predileto era o mais jovem José e tinha naquele tempo 18 anos e estudava com um sábio chamado Schebna. José era mais amado porque era o primeiro filho de Raquel, os outros 10 eram filhos da outra esposa. Jacó teve 12 filhos, sendo o último Ibraim.
     Certo dia José conta o sonho dele ao pai: viu o sol, a lua e onze estrelas o saudando. Isto era motivo de riso aos outros irmãos. José explicava o sonho a todos que sorriam e debochavam dele. Até o pai brigou com ele, pois segundo este sonho, todos seriam subalternos a ele.
     José foi criado por uma criada e estudava com Schebna que o introduziu nas artes sagradas, dando-lhe um talismã para a leitura do futuro. Ele queria saber o futuro, mas Schebna disse que o futuro dele era um mistério. Logo cedo perderia a liberdade, iria viver num país distante e lá prestaria serviço ao rei. Sofreria muito e então teria um belo futuro depois disso.
     Jacó tinha nomeado José como vigia dos irmãos que aprontavam muito fora de casa durante os cuidados com o rebanho no campo. Por isto ele se tornou odiado pelos outros irmãos. Certo dia os irmãos demoraram muito e Jacó pediu que ele fosse ver onde estavam os irmãos. Eles não gostaram e então o jogaram numa cisterna.
     Por fim acabaram vendendo José como escravo a uma caravana egípcia. Os irmãos para disfarçar o pai, molharam de sangue de um animal as túnicas de José para levaram ao pai dizendo que ele foi atacado e comido por algum bicho.
     José ao cair na cisterna havia desmaiado. Voltando a si, José se revoltou e gritou muito, pois estava amarrado e seguindo uma caravana. Só então ele soube que tinha sido vendido pelos irmãos como escravo. Ele teve que se contentar com a nova sorte. Agora ele sabia também que estava viajando para Menfís, capital do Egito.
     Ptah, criado de Putifar comprou José para servir na casa do ricaço Putifar no palácio do Faraó.
     José estava agora na casa de Putifar em Menfis, trabalhando como escravo. Ele então fez amizade com Chnoun e com ele aprendeu a língua egípcia.     
     E foi lá que ele fez o seu primeiro trabalho de cura. Ele tratou de Rui, neto de Ptah que tinha sido picado por uma cobra. Ele deu ao menino um remédio e o menino se recuperou.
     José ambicionava o cargo de Secretário de Chonum e um dia ele bebeu muito e acabou revelando as atividades ilícitas de Putifar ao seu adversário. José narrou tudo isto e ele acabou sendo transferido para um lugar longínquo e José assumiu o cargo dele.
     Fez amizade com um padre que lhe ensinou muitas magias.
     Ptah vem a falecer e José foi colocado ao seu posto. Tudo estava se melhorando para Putifar.
     Aparece por lá o padre Potífera que tem uma filha chamada Asnath e um filho chamado Armais. Maia era a criada de Potífera. A outra mulher era Ranofrith de 17 anos, irmã de Maia.
     Putifar amava Ranofrith, mas ela amava Hor. Então José se propôs a orar para que Ranofrith se casasse com Putifar. Em suas orações ele dizia: “Esquecerás Hor, Putifar será teu amor e a mim, teu senhor obedecerás porque também haverás de me amar”.
     José estava apaixonado por Ranofrith também, mas temia Putifar. Ele nutria pela moça uma grande paixão.
     Certo dia, com Putifar ausente, ela se declara a ele que a recusa terminantemente, embora louco de desejo.
     Secretamente José tenta matar Ranofrith para não ser denunciado, por isso entra sorrateiramente a noite no quarto de Ranofrith, mas ela não está dormindo e enlaço-o com ternura dizendo: “Amas-me e vem... oh eu sabia”. Ele tenta se defender, mas ela o seguia com força e então foge.
     Neste momento Putifar chega da viagem e entra no quarto e vê a mulher no chão, conta que foi José quem fez aquilo com ela. Queria possuí-la de qualquer forma. Putifar manda prender José imediatamente. Como prova ela estava com um pedaço da manta que rasgou da que José estava vestido.
     Putifar quer aplicar a lei do Egito que seria a castração de José, mas fica penalizado e Ranofrith fica muito preocupada e então o castigo foi modificado.
     José então foi punido em público e banido da frente de Putifar. Foi levado ao cárcere da casa Branca.
     Na prisão ele consegue interpretar o sonho do carcereiro. Disse que sua mulher teria uma filha, mas a mulher morreria três dias depois. O carcereiro acreditou e disse a Hamahou que passaria a utilizar os seus dons.
     José interpreta o sonho de dois prisioneiros. O primeiro foi o de Nectanebi. José disse que em três dias ele seria libertado. Quando ao sonho de Abton, era muito ruim, em três dias ele seria enforcado.
     O Faraó Apopi também teve um sonho e ninguém sabia interpretar, mesmo porque o faraó havia esquecido até o sonho. Então Nectanebi falou sobre José. Ele foi chamado e conseguiu relembrar o sonho do Faraó bem como deu o seu significado.
     Ele disse que haveria 7 anos de farturas no Egito e por isto todos teriam que abastecer os celeiros, pois também haveria 7 anos de seca o que traria muita miséria ao Egito. O Faraó tornou José o Adom do Egito, uma espécie de governador. O fato é que José praticamente passou a administrar o Egito.
     O sacerdote Potífera tinha uma bela filha chamada Asnath. Ela iria se casar com Hor. Tudo estava sendo preparado, mas José visitou o Sacerdote e se encantou com a filha dele e solicitou ao faraó que pedisse Asnath para ser esposa de José. Os sacerdotes acharam isto uma verdadeira aberração, mas tiveram que aceitar, pois o Egito nesta época estava dividido em duas partes e a parte Egípcia comandada pelo outro Faraó estava em grande desvantagem. O casamento teria que ser feito.
     O casamento foi realizado com pompas, mas Asnath escondidamente toma um veneno antes de se deitar e deixa a outra metade no copo para José tomar. Ele chega mais tarde e acaba tomando o conteúdo do copo pensando que era vinho. O veneno era fraco e ele consegue salvar Asnath e ele mesmo.
     Este casamento com Asnath não foi muito bom. A moça se casou obrigada e não o amava houve muitos atritos no decorrer da vida. Ela acabou tendo dois filhos com ele Manassés e Efraim e deixou Asnath grávida de um terceiro filho que nasceu depois da morte de José. Era uma menina que foi criada por Asnath
     Por esta época começa a grande fome no Egito e a corte começa a se mudar de Mênfis para Tânis e a população também.
     Os pastores e os padres são ligados ao outro Faraó Táa III. Este faraó tinha 200 mil soldados e se dispôs a lutar contra o faraó Apopi.
     Com a grande fome, muitos povos vão se mudando para Tanis. Os celeiros do Egito estavam abarrotados destes alimentos. Era muito complicado aos sacerdotes e aos seguidores de Taa III. José reinava em absoluto.
     José vendia o trigo e preço exorbitante a troco do ouro, do gado ou propriedades e também pela liberdade. Ele abusava da miséria do povo necessitado. Foi comprando tudo e acabou comprando as terras do Egito inteiro e todas as riquezas e grande parte da população se tornou escravos. Tudo isto consta da Bíblia (Gênesis cap 47 15-22).
     A fome e a miséria atingiram também as terras de Canaã e os seus irmãos abandonaram a região indo morar no Egito em busca de alimentos. Até o pai Jacó decide se mudar para o Egito e José veio receber o pai no meio do caminho.
     Jacó com sua comunidade nômade se instalaram nas melhores terras dadas por José a ali havia muita fartura. Viviam na vivenda em Tanis, cercada de Jardins. Isto trazia muito ódio dos miseráveis do Egito.
     Benjamim, o ultimo filho de Jacó tinha duas filhas, uma de 6 anos e outra de 15 anos chamada de Serag. José tentou fazer o casamento de Armais com Serag para livrar a filha do Faraó das garras de Armais, pois José pretendia se casar com ela para assumir o trono do Egito.
     Jacó diz a José que ele precisa acumular riquezas fora do Egito, pois se outro viesse a assumir o seu cargo, ele poderia perder toda a riqueza e fora do Egito não haveria perigo.
     Por este tempo morre Jacó e José pede ao Faraó que lhe permita enterrar o pai em Hebron com todas as honras possíveis. Apopi achou muito estranho aquilo e os sacerdotes acharam aquilo uma grande afronta, já que era um povo odiado. Mas o Faraó disse para ele fazer como quisesse.
     E foi no enterro do pai de José que os irmãos levaram grandes tesouros que trouxeram do Egito. Tudo foi escondido na gruta em Hebron. Todos pensavam que eles estavam ali só por causa da morte de Jacó.
     Os sacerdotes Egípcios foram obrigados a fazer as exéquias egípcias a Jacó, achando que aquilo era uma grande humilhação. Então os sacerdotes mataram um boi como oferenda e um egípcio atira o cutelo em José, mas este atinge apenas no braço. Houve uma grande correria. Enquanto uns tentaram desarmar o Egipcio, ele atirou outro cutelo no próprio ventre tendo morte instantânea. Tudo isto havia sido programado pelos sacerdotes.
     José sabia que Asnath não lhe amava e que considerava os sacerdotes sua família. Por isto bolou um plano. Toda tarde Anasth saia para dar uma passeio no Nilo. Ele então envenenou a comida das duas aias e dos dois remadores e deu um sonífero a Asnath. No barco ela desmaiou e os outros morreram. O barco foi virado para dar a impressão de um acidente.
     O plano deu certo. Os dois remadores e as duas aias morreram. O barco virado dava a impressão do acidente. José aproveitou para sequestrar Asnath e escondeu-a num porão onde só ele e um surdo mudo poderia entrar. Todos deram pela morte de Asnath, mas o corpo não apareceu.
     O plano de José era se casar com a filha do faraó e assumir o trono como Faraó. Por isto ele fingia o acidente e prometia uma soma considerável a quem encontrasse o corpo da esposa, mas sabia que só ele sabia onde ela estava e ninguém a encontraria.
     A uma comemoração a Apopi a multidão gritava em massa: “Pão, pão, morte ao Adom”. José mandou os guardas escorraçar a multidão. Mais tarde Apopi manda chamar José e pede que ele distribua o trigo gratuitamente. Ele muito raivoso faz isto. Com isto a doença do Faraó mais se acentua.
     No quarto do faraó estava ele e a filha Hichetat. O pai pergunta porque ela parece tão triste e ela diz ao pai que ele poderia fazê-la plenamente feliz dando Armais como seu esposo. O faraó ficou de pensar e falar com José que neste momento entra na sala. Ele diz o que Armais está fazendo para matar o Faraó. Hichetat estava escondida e ouviu tudo e avisa Armais que foge.
     Após a conversação Hichetat procura José e implora que não faça nada a Armais e então ele deu a sua cartada, dizendo que se ela se casasse com ele, Armais seria livre. Hichetat fica petrificada e para não ver o noivo morto, resolve aceitar José como Marido, sem saber que Asnath estava presa no porão.
Enquanto isto Armais foge para Tebas e se junta ao Faraó Táa III e planejam uma guerra contra o faraó Apopi para tirar José do Poder.
A miséria e a fome assolam Tanis e todo o Egito. As ruas estão infectadas de cadáveres. Neste termo reaparece Schebna, o instrutor de José e se alia aos sacerdotes de Taa III. Ambos querem tirar o tirano José do poder, pois o homem é um sanguinário sem coração.
Houve um grande temporal em Tanis e destruiu quase tudo, inclusive o palácio de José. Este se preparava para se casar com Hitchetat contra a vontade dela. A moça preferia a morte e José queria ser o faraó do Egito, mas distribuiu o terror, a miséria e a morte. Era um verdadeiro tirano sem dó de ninguém.
José está se preparando para o casamento com a filha do faraó quando um correio veio anunciar que os armazéns estavam sendo invadidos. Ele dá ordenes aos soldados para controlar a população, mas neste momento a turba invadem o palácio com os dizeres: “Morra o Adom, morra o opressor! ”
A turba invade o palácio e vai destruindo tudo o que encontra pela frente. Pegam a princesa e a levam para um barco soltando-a no meio do rio Nilo onde ela morre afogada.
José entrou correndo pelo corredor onde ia até o esconderijo de Asnath e de lá pretendia fugir para Avaris, mas topa com Schebna e então ele diz a Jose que ele pagará por todo o mal que fez ao povo do Egito. Que ele é um ingrato que estava matando toda a população de um país com a fome, a miséria e a estupidez.
A multidão avançava pelo palácio. José se via escorraçado. Então ele não teve outro jeito. Tomou um copo de veneno. Schebna cuidou para que os egípcios não despedaçassem o corpo de José. Neste instante a turba invade o corredor subterrâneo, arrombaram a porta e encontraram Asnath toda assustada.
     O corpo de José foi embalsamado e levado pelos seus irmãos. O Faraó manda chamar os dois filhos Manassés e Efraim e nomeia Manassés como o herdeiro do trono do Egito. O faraó acaba, muito enfraquecido, se muda completamente para Avaris onde fica até o fim da vida.



Biografia:
Henrique Pompilio de Araújo, nascido em Campo Mourão PR e radicado em Cuiabá MT. Começou a escrever desde cedo. Professor aposentado, bacharel em Direito e Teologia. Trabalhou em diversas escolas em Cuiabá e alguns jornais do Estado. Publicou sua primeira obra em 1977: Secos & Molhados - Poemas. Ultimamente publicou outros livros: "Flores do Além" Poemas, "Contos da Espiritualidade" - Contos, "Nas curvas da vida" Memórias, "Cinquenta contos" Contos. Há muitas obras ainda esperando edição.
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