Por Jonathan Edwards
A quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória" (I Pe 1.8)
O cristão confirmado na fé tem uma convicção sólida e efetiva da verdade do evangelho. Não hesita mais entre duas opiniões. O evangelho deixa de ser duvidoso ou provavelmente verdadeiro, tornando-se estabelecido e indiscutível em sua mente. As coisas grandes, espirituais, misteriosas e invisíveis do evangelho influenciam seu coração como realidades poderosas.
Ele não tem simplesmente uma opinião que Jesus seja o Filho de Deus; Deus abre seus olhos para ver que este é o caso. Quanto às coisas que Jesus ensina sobre Deus, a vontade de Deus, a salvação e o céu, o cristão também sabe que são realidades indubitáveis. Têm, assim, uma influência prática em seu coração e em seu comportamento.
Está claro nas Escrituras que todos os verdadeiros cristãos têm essa convicção sobre as coisas divinas. Mencionarei somente alguns textos dos muitos existentes:
"Mas vós... quem dizeis que eu sou?" "Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo. Então Jesus lhe afirmou: bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus" (Mat. 16:15-17).
"Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra. Agora eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado, provêm de ti; porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste e eles as receberam e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste" (João 17:6-8).
"Porque sei em quem lenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia" (II Tim. 1:12).
"E nós conhecemos e cremos o amor que Deus nos tem" (I João 4:16).
Existem muitas experiências religiosas que falham em trazer essa convicção. Muitas das chamadas revelações são emocionantes, mas não convincentes. Não produzem mudança duradoura na atitude e conduta da pessoa. Existem pessoas que têm tais experiências, todavia não agem sob influência prática de uma convicção das realidades infinitas, eternas em suas vidas diárias. Suas emoções urdem por algum tempo e depois morrem de novo, não deixando atrás de si nenhuma convicção duradoura.
(Quem disse isto – Jonathan Edwards – foi o instrumento de Deus no poderoso avivamento havido nos EUA no século XVIII, no qual abundavam os dons e manifestações sobrenaturais do Espírito Santo – nota do Pr Silvio Dutra).
Entretanto, suponhamos que as afeições religiosas de uma pessoa surjam realmente de uma forte convicção que o cristianismo é verdadeiro. Seriam suas afeições espirituais? Não, não necessariamente. De fato, suas emoções ainda não são espirituais, a não ser que sua convicção seja razoável. Por "uma convicção razoável", quero dizer uma convicção fundada em evidência e de bom entendimento.
Pessoas de outras crenças têm uma forte convicção da verdade de suas religiões. Muitas vezes aceitam suas religiões meramente porque seus pais, vizinhos e nações as ensinam. Se um cristão professo não tem outra base para sua fé, a não ser essa, sua religião não é melhor do que a de qualquer outro que creia meramente como resultado de sua formação. Sem dúvida a verdade em que o cristão acredita é melhor, porém se sua crença nessa verdade vem somente de sua formação, então a crença em si mesma está no mesmo nível que aquela das pessoas de outras religiões. As emoções que fluem de tal crença não são melhores que as emoções religiosas fundadas em outras crenças.
Além disso, suponhamos que a crença de uma pessoa no cristianismo não seja baseada em sua educação, mas em argumentos e na razão. Seriam suas emoções agora espirituais? Mais uma vez, não necessariamente. Emoções não espirituais podem surgir até de uma crença razoável. A crença propriamente dita há de ser espiritual bem como razoável. De fato, argumentos racionais às vezes convencerão uma pessoa intelectualmente que o cristianismo é verdadeiro, no entanto aquela pessoa continua não salva. Simão, o mágico, cria intelectualmente (At. 8:13), porém, continuou "em fel de amargura e laço de iniquidade" (At. 8:23). Crença intelectual certamente pode produzir emoções, como nos demônios que "creem e tremem" (Tg. 2:19), todavia tais emoções não são espirituais divinas.
Convicção espiritual da verdade surge somente numa pessoa espiritual. Somente quando o Espírito de Deus ilumina nossas mentes para entender realidades espirituais podemos ter uma convicção espiritual da verdade delas. Lembrem-se, compreensão espiritual significa uma percepção interior da beleza espiritual das coisas divinas.
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A Igreja tem testemunhado a redenção de Cristo juntamente com o Espírito Santo nestes 2.000 anos de Cristianismo.
Veja várias mensagens sobre este testemunho nos seguintes links:
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A Bíblia também revela as condições do tempo do fim quando Cristo inaugurará o Seu reino eterno de justiça ao retornar à Terra. Com isto se dará cumprimento ao propósito final relativo à nossa redenção.
Veja a apresentação destas condições no seguinte link:
http://aguardandovj.blogspot.com.br/
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