O tempo passa
e a solidão invade
o meu dia.
Ouço somente vozes
vindas de outro mundo,
o silêncio e o eco de minha
própria voz a soluçar.
Ouço os gemidos
e lamentos
de minha alma
a chorar.
Ouço o despedaçar
de meu espírito
espalhando-se em mil cacos,
os quais nunca mais
conseguirei juntar.
Ouço o grito ardido de dor
do meu corpo açoitado
pelas sombras
da indiferença
e do desamor.
E quem devia falar,
cala-se sem se importar
com minha dor.
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