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E CADÊ O BREJO
DIRCEU DETROZ

Se em nossas utopias já éramos o país do futebol e do carnaval. Se a nossa realidade é ser um país de corruptos e bandidagens, agora colamos um novo adjetivo na testa. Somos também o país das vaquinhas. E estamos ensinando ao mundo que aqui, nem sempre elas vão para o brejo.

O que escancara outra verdade brasileira. O sistema de corporativismo e autoproteção criado pela classe política nesses anos de democracia, tem se mostrado cada vez mais eficaz. Fica tristemente perceptível, o quanto ela é imune e intocável.

Para os que chegam lá com ideias diferentes restam duas alternativas. A primeira é entrar no esquema. Um convite que soa doce como o mel. Os olhos brilham diante de tantas regalias, e não tem ninguém para ensinar como fugir delas. A segunda alternativa é dizer não, e ser abatido logo no primeiro voo.

Percebemos nas redes sociais, as piadas e o mau humor dos brasileiros com as vaquinhas petistas. Eu não morro de amores pelo Partido dos Trabalhadores. É um fato, entretanto, que as vaquinhas independem de partidos. Se os presos fossem tucanos, as vaquinhas também seriam feitas.

Não tenho nada contra as vaquinhas. Estou pensando até em fazer uma em benefício próprio. A minha geladeira, minha TV e meu computador estão indo para o brejo. Isso eu já descobri. Eles vão. As vaquinhas nunca. E estou com uma grande dúvida. O que vou fazer com as sobras. Alguém aceita?

Mais do que achar as vaquinhas petistas bonitas ou feias, devemos analisar algumas questões que surgem com elas. Será que a distribuição de renda dos últimos anos, foi assim tão generosa com a militância do Partido dos Trabalhadores.

Ficaria ainda muito mais bonito, se os contemplados com as vaquinhas divulgassem a lista de doadores. Aqueles milhares de depósitos de dez, cinquenta ou cem reais. Ganhos no trabalho suado do dia a dia. E concorrente forte do “Criança Esperança”.

Mesmo não tendo um, o meu sexto sentido não me permite acreditar nessa hipótese. Acho que nossos cabelos arrepiarão outra vez, se um dia essas listas de doadores vazarem na mídia.

Quantas empresas estariam doando com uma mão, e recebendo em dobro com a outra. Aproveitando a chance para levar vantagem na sequencia. Infelizmente a corrupção é como água. Sempre encontra novos caminhos. Mesmo nos esgotos. Desvios para fugir do brejo. E as vaquinhas pobrezinhas, essas entraram de gaiatas na estória.


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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