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Hímen, mito sexual?
Miguel D Avila

Resumo:
Nos dias de hoje já começa a dar sinais de falência o mito do hímen, que desde antanho vem servindo como prova de virgindade. Uma farsa que obrigou mulheres a simular defloramento, e homens a sentirem-se ultrajados quando constada a ausência de hímen.

Atualmente é consenso que o hímen não tem funcionalidade anatômica, não possui utilidade biológica. Hoje atende a mistificações religiosas, interesses de mulheres em vantagem, e desejos de homens por troféu sexual. O hímen não servir para nada é boa notícia para mulheres, assim não faz falta, pois é mito, mentira, não existe. Mulheres e homens desde tempo indefinido na História passaram a crer no mito.

Antigamente a mulher tinha que encenar defloramento, e se recorria a diversas práticas, sendo comuns: - fingir vergonha, para ser "deflorada'" num quarto às escuras, embaixo de cobertas, e com ela vestida; - usar a menstruação para dissimular sangramento; - houve casos de médicos darem pontinhos no intróito vaginal; - fraude com atestados médicos; - houve uso de certos tipos de bexiga com sangue, para ser rompida dentro da vagina; e - etc. Bem ao tino de muitos tabus, no que se pregava ser mostra de honestidade, tinha-se a mulher enganar o homem, podendo ocultar vida sexual pregressa.

Houvesse hímen haveria em muitos lugares tradição de mulheres da família do noivo comprovarem a integridade himenal antes do casamento. Houvesse hímen seria espetáculo assistir fêmeas animais, como macacas, serem defloradas. Mulheres e homens foram vítimas dessa farsa, que se criou e prosperou devido certos interesses. É hora de mulheres e homens saberem a verdade.

Imagine-se, pelo que já foi tradição a exigência de a mulher provar virgindade, se não haveriam homens que só acreditariam se vissem o hímen com os próprios olhos. Os olhos a terra há de comer, mas o hímen é comido pela credulidade dos homens e das mulheres. Criaram-se vários artifícios para impressão de realidade da existência do hímen, que não resistiriam a uma investigação, mesmo com sustentação da mentira por ardilosas noções de ciência e confirmações da medicina.

A maioria das mulheres antigamente acreditava no mito, e por nenhuma ver o próprio hímen sempre lhes ficava a crença de terem nascido sem, terem perdido em algum ato não sexual, ou em masturbação; ficava-lhes a crença de que as outras mulheres tinham hímen. Nenhuma mulher podia confessar que não teve hímen, além de ser obrigação fazer isso de todas as que encenaram defloramento do hímen a namorados, noivos ou maridos.

Que estupidez homens acreditarem que defloramento prova honestidade da mulher, ou sonhar com defloramento como prêmio ou direito sexual. Infelizmente as mulheres têm que lidar com homens ignorantes, que se soubessem não terem hímen as rejeitariam ou até as assassinariam. No passado mulheres e homens eram doutrinados para crer em muitas imposturas sexuais, e atualmente há quem ainda se apega a mentiras sexuais por credulidade, perturbação, ou má-fé.

O que pode ser admitido como pseuda existência do hímen, poderia ser caso de anomalia anatômica devido a alguma forma de colamento da parede vaginal. Isso certamente seria caso extremamente raro. Haveria possibilidade de decorrer de algum fator especialmente durante a primeira infância, como ferimento ou infecção em que a cicatrização resultasse em colar os tecidos do intróito vaginal, ou até ter uma causa congênita.

Casos assim poderiam ser origem do mito do hímen, mas nem é preciso, pois o ser humano cria por sua própria natureza mitos, e muitos dos mitos sobrevivem por anos, décadas, séculos ou milênios; afrontá-los é julgado como sacrilégio. Até quando irá existir o mito da virgindade? Acredito que para certas pessoas e certos grupos isso ainda vai permanecer por muito tempo, a não ser que as próprias mulheres resolvam libertar-se dessa mentira, ainda que esse mito lhes dê certas vantagens, e satisfaça desejos abestalhados de muitos dos homens.


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