Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Poesas
Melio Tinga

Poesas

A poesia, altruísta, vinha vestida de calções rasgados
Que pelo tempo perderam a cor
O verso vestia o tempo,
O tempo calado e pacientemente abraçando os beijos de suas mãos
As estrofes, mesmo perdidas e sem riso se quer,
Vestiam a cor do meu sapato e os dentes do meu sorriso
As frases eram feitas de coletes vermelhas, e sussurravam pelas noites
Percorriam avenidas, e bebiam da agua do deserto.
Coitada das palavras, dispersas e desfeitas
Sorrindo como a madrugada, vestiam peúgas brancas e com pontas furadas
As letras andavam sem equilíbrio, meio embriagadas, caindo e levantando
Sujando e limpando-se, falecendo e ressuscitando
E o poeta, como um eterno profeta, com sua alma em pedra
Caminhava sobre as nuvens, descalço e nu
Calmo e na serenidade do vento
Bravo e quieto, reparando os lados onde estavas tu
Com sua alma pendurada, no anzol da arte!

Número de vezes que este texto foi lido: 59440


Outros títulos do mesmo autor

Contos O Morto que Pensava Estar Vivo Melio Tinga
Poesias Encontros Marcados Melio Tinga
Poesias Encontros Marcados Melio Tinga
Poesias Poesas Melio Tinga


Publicações de número 1 até 4 de um total de 4.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
MORTE, O PARADOXO DIVINO DA VIDA - Pedro Paulo Rodrigues Cardoso de Melo 60025 Visitas
O Cônego ou Metafísica do Estilo - Machado de Assis 60024 Visitas
Eu? - José Heber de Souza Aguiar 60017 Visitas
Caminho do Vento - José Ernesto Kappel 60017 Visitas
Coragem, levanta! - Maria 60010 Visitas
Jogada de menino - Ana Maria de Souza Mello 60004 Visitas
Jornada pela falha - José Raphael Daher 60003 Visitas
O pseudodemocrático prêmio literário Portugal Telecom - R.Roldan-Roldan 60001 Visitas
O niilismo no senso comum da atualidade - Giulio Romeo 60000 Visitas
Coração - Marcos Loures 59999 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última