Partilhar Sonetos : DOR FINGIDA XXXVII
ESTA DOR QUE ME TORTURA SEM PARAR
DECRETANDO O COMEÇO DESTE MEU FIM,
SE APOSSOU DE MIM SÓ PARA ARRANCAR
O QUE HÁ DE MAIS FELIZ DENTRO DE MIM...
FEITO UM BARQUINHO QUEBRADO A NAUFRAGAR
NESTE MAR BRAVIO CHAMADO "SAUDADE",
DESESPERO-ME TENTANDO ANCORAR
N'ALGUM PORTO PLENO DE FELICIDADE.
NO ENTANTO ESTA TUA AUSENCIA ME CONSOME
DANDO FORÇA À ESTA DOR QUE NÃO TEM NOME
E QUE AOS POUCOS DILACERA OS VERSOS MEUS...
DOR DE ANGUSTIA, DE SAUDADE E DE LAMENTO
- DOR QUE UM DIA DISSERAM SER FINGIMENTO
MAS QUE DÓI DESDE QUE DISSESTE..."ADEUS"!
MARINHO GIL
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