Plácido e belo eu te vejo.
Sereno e amigo eu o posso sentir.
Seu olhar irradia paz e serenidade,
Temperada na placidez da rija idade...
Seu violão parece emitir um som...
Talvez sonhe com anjos e querubins
Eles então agora em coro,
Cantam e aplaudem o artista...
Vicente, tu vive...
Não é só saudade...
Seus olhos penetram a alma dos vivos,
Devassa nossa mente e coração,
Grita talvez,
Como a voz desse violão.
Felizes são os anjos
A ouvirem suas serestas.
Feliz és você que dormes tranqüilo
Na paz que plantou...
Repousando eterno
Na saudade que ficou.
Diante desse retrato,
Deploro o destino:
Que tristeza não ter-te conhecido.
És sangue parente.
Poderias ter sido amigo.
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