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A Palavra e o Poder do Espírito Santo (Rom 15)
Silvio Dutra

“1 Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.
2 Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação.
3 Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam.
4 Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.
5 Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus.
6 Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
7 Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus.
8 Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais;
9 E para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia, como está escrito: Portanto eu te louvarei entre os gentios, E cantarei ao teu nome.
10 E outra vez diz: Alegrai-vos, gentios, com o seu povo.
11 E outra vez: Louvai ao Senhor, todos os gentios, E celebrai-o todos os povos.
12 Outra vez diz Isaías: Uma raiz em Jessé haverá, E naquele que se levantar para reger os gentios, Os gentios esperarão.
13 Ora o Deus de esperança vos encha de todo a alegria e paz no vosso crer, para que abundeis em esperança pelo poder do Espírito Santo.
14 Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestar-vos uns aos outros.
15 Mas, irmãos, em parte vos escrevi mais ousadamente, como para vos trazer outra vez isto à memória, pela graça que por Deus me foi dada;
16 Que seja ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo.
17 De sorte que tenho glória em Jesus Cristo nas coisas que pertencem a Deus.
18 Porque não ousarei dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito, para fazer conduzir os gentios à obediência, por palavra e por obras;
19 Pelo poder dos sinais e prodígios, no poder do Espírito de Deus; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo.
20 E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio;
21 Antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado, o verão, E os que não ouviram o entenderão.
22 Por isso também muitas vezes tenho sido impedido de ir ter convosco.
23 Mas agora, que não tenho mais demora nestes sítios, e tendo já há muitos anos grande desejo de ir ter convosco,
24 Quando partir para Espanha irei ter convosco; pois espero que de passagem vos verei, e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter desfrutado um pouco da vossa companhia.
25 Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos.
26 Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém.
27 Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais.
28 Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha.
29 E bem sei que, indo ter convosco, chegarei com a plenitude da bênção do evangelho de Cristo.
30 E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus;
31 Para que seja livre dos rebeldes que estão na Judéia, e que esta minha administração, que em Jerusalém faço, seja bem aceita pelos santos;
32 A fim de que, pela vontade de Deus, chegue a vós com alegria, e possa recrear-me convosco.
33 E o Deus de paz seja com todos vós. Amém.”.

Paulo começou este capítulo concluindo o assunto que havia tratado no capítulo anterior para dizer que aqueles que se consideravam espirituais e fortes na graça, esclarecidos nas coisas relativas ao reino de Deus não deveriam se valer da maturidade espiritual deles para desprezarem aqueles que ainda não estivessem no mesmo nível de santificação e espiritualidade.
Ao contrário, deveriam servir de suporte para os cristãos fracos, porque não fomos chamados a agradar a nós mesmos, mas a amarmos os nossos irmãos com demonstrações práticas de ações, orações, serviços e usos dos nossos dons em favor deles, para que sejam aperfeiçoados na fé.
O verbo suportar empregado no primeiro versículo, quando Paulo fala sobre “suportar as fraquezas dos fracos”, vem do original grego bastazo, que significa levar o que é duro de suportar, carregar, sustentar, apoiar.
Então não é suportar no sentido de tolerar, mas de ajudar.
Nós encontramos este mesmo verbo usado com o mesmo sentido em outras passagens tais como Mt 8.17; Lc 14.27; Rom 11.18 e Gál 6.2.
O modo de se agradar não a nós mesmos, mas ao nosso próximo, é com as coisas que sejam boas para a sua edificação, como se vê no verso 2.
Estas coisas que são boas para edificação têm a ver com o evangelho do Senhor porque Ele mesmo não se agradou a si mesmo, tomando sobre Si as nossas injúrias, como se vê no verso 3.
Para este propósito mesmo de suportarmos as debilidades dos fracos, e de nos exercitarmos no amor, é que foi feito o registro das Escrituras para o nosso ensino, para que através das mesmas nós tenhamos esperança, através da perseverança e consolação que recebemos das próprias Escrituras, como se afirma no verso 4.
Deus mesmo é quem nos faz perseverar e que nos consola, fazendo com que tenhamos o mesmo sentimento de uns para com os outros, segundo o exemplo que temos em Cristo Jesus como se vê no verso 5.
Ele faz isto para que possamos em concordância, como uma só boca, isto é, em unidade de amor, de fé e de espírito, glorificar o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, como se afirma no verso 6.    
Portanto os cristãos devem se acolher mutuamente como amigos, da mesma forma como Cristo nos recebeu, para a glória de Deus.
Então os cristãos que existiam em Roma, fossem eles judeus ou gentios, deveriam viver nesta unidade recomendada pelo apóstolo, não permitindo que questões sobre comida, bebida, dias sagrados, que ele havia citado no capítulo anterior, servissem de base para separá-los.
Porque apesar de Jesus ter cumprido o Seu ministério terreno entre os judeus, por causa da necessidade de confirmar a Palavra de Deus, pela promessa que havia feito aos patriarcas de Israel, no entanto, Ele era também o Senhor e Deus dos gentios conforme as próprias Escrituras haviam predito a respeito do relacionamento que viria a existir entre eles e Cristo, como se vê nos versos 8 a 12.
Paulo orou para que Deus enchesse os cristãos romanos de toda a alegria e paz, na fé que eles tinham no evangelho, para que fossem plenos na esperança por meio do poder do Espírito Santo.
De maneira que ele próprio tinha uma convicção, pela testificação do Espírito junto ao seu espírito que os Romanos estavam cheios da bondade de Deus, e de todo o conhecimento necessário para que pudessem se exortar mutuamente.      
Paulo se referiu ao apostolado que havia recebido do Senhor para ser Seu ministro entre os gentios, para lhes ministrar o evangelho de Deus, coisa esta que ele não vinha fazendo somente com palavras, mas também por obras, pelo poder dos sinais e prodígios do poder do Espírito Santo, nas áreas que lhes haviam sido designadas pelo Senhor, e isto desde Jerusalém até ao Ilírico, como se vê nos versos 15 a 19.
Ilírico era uma região que ficava ao norte da Macedônia.
Ele vinha pregando o evangelho, esforçando-se para que não o fizesse onde ele já houvesse sido pregado por outros que não estivessem associados ao seu ministério, e este era um dos motivos que havia se sentido muitas vezes impedido de ir pregar em Roma, mas como já não havia mais áreas pioneiras para trabalhar na Ásia, Macedônia e Grécia, ele pretendia evangelizar a Espanha, que ainda era uma área não alcançada na ocasião da escrita desta epístola, e esperava que fosse ter com os romanos quando estivesse a caminho da Espanha, para desfrutar um pouco da companhia deles, antes de ser encaminhado por eles para esta nova frente de trabalho que ele pretendia inaugurar, como se lê nos versos 20 a 24.
No entanto, naquele momento ele iria para Jerusalém para levar aos santos pobres de Jerusalém a grande coleta que havia sido feita para eles nas Igrejas da Grécia e da Macedônia, por cerca de um ano, e que agora encontrava-se em sua posse para ser distribuída a eles, como se vê nos versos 25 e 26.
Os judeus haviam abençoado os gentios, espiritualmente falando, por terem sido os depositários da revelação de Deus, e então os gentios eram devedores a eles da salvação que lhes havia chegado por meio de Jesus Cristo.
Assim, poderiam pagar esta dívida espiritual com seus bens temporais, como se lê no verso 27.   
Paulo não sabia ainda, nesta ocasião, que Deus já havia feito planos para ele, diferentes do que ele havia feito; porque senão jamais teria escrito o que escreveu no verso 28, que depois que tivesse entregue a oferta aos cristãos de Jerusalém, ele iria para a Espanha, passando antes por Roma, porque, até então não lhe havia sido revelado que importava ir sim para Roma, mas em prisão, para dar testemunho sobretudo ao Imperado e à sua guarda pretoriana.
E antes mesmo de chegar em Roma, ele ficou preso por cerca de quatro anos, sendo dois em Jerusalém, e dois em Cesaréia, e ficaria também por cera de dois anos, preso em Roma; de maneira que não sabemos se chegou a ir para a Espanha conforme era do Seu propósito.
Pelas evidências internas do livro de Atos e das epístolas que escreveu quando se encontrava preso em Roma (Ef, Fp, Cl, Fm) podemos inferir que ele chegou a ser libertado e passou um pequeno período de tempo desfrutando tal liberdade, quando escreveu as epístolas de I Timóteo e Tito, mas viria a sofrer um novo aprisionamento em Roma, quando escreveu II Timóteo, dizendo que estava aguardando o momento do seu martírio e entrada na glória celestial.
Mas o que ele disse no verso 29 teve cabal cumprimento porque chegou de fato na plenitude da bênção do evangelho de Cristo quando esteve com eles, porque ficou numa prisão domiciliar onde poderia receber a visita de qualquer pessoa.
Ele pediu orações para que orassem por ele para que fosse livrado dos judeus rebeldes de Jerusalém, assim como ele estava orando em tal sentido, como se lê no verso 30.
Ele estava sofrendo uma furiosa perseguição dos judeus que ainda pretendiam matá-lo em todas as partes em que havia pregado o evangelho, e sabia que havia tais sentimentos de ressentimento contra ele em Jerusalém, porque estava sendo infamado por uma afirmação falsa dos judeus que estava pregando contra a Lei de Moisés.
Na verdade, o que eles não queriam, era se sujeitar à nova lei do evangelho, se é que podemos chamar o evangelho de lei, uma vez que é o poder de Deus, a manifestação da força da Sua maravilhosa graça para com os pecadores.
Ele tinha o propósito de que orassem tal como ele estava orando, para que pudesse chegar logo a eles em Roma com alegria, e para compartilhar da mesma alegria no Espírito com eles.
Paulo encerrou o seu assunto principal no final deste capítulo, porque se despediu dos Romanos no verso 33 desejando-lhes que o Deus de paz fosse com eles. Amém!.
E passaria no capítulo seguinte às recomendações e saudações finais, fechando então a epístola.


Biografia:
Servo de Deus, que tendo sido curado, pela graça de Jesus, de um infarto do miocárdio e de um câncer intestinal, tem se dedicado também a divulgar todo o material que produziu ao longo dos 43 anos do seu ministério, que sempre realizou para a exclusiva glória de Deus, sem qualquer interesse comercial ou financeiro. Há alguns anos atrás, falou-me o Senhor numa visão que eu fosse ter com os puritanos e com Martyn LLoyd Jones. Exatamente com estas palavras. Por incrível que possa parecer, até então, nunca havia ouvido falar sobre os puritanos e LLoyd Jones. Mais tarde, fui impelido pelo Senhor a divulgar todo o material que havia produzido como fruto do referido estudo. Você pode ler e baixar estas mensagens nos meus seguintes blogs e site: http://livrosbiblia.blogspot.com.br/ Comentário dos livros do Velho Testamento https://www.legadopuritano.com/ https://spurgeonepuritanos.net/ https://jenyffercarrandier.wixsite.com
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