Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
A Justificação é pela Fé no Evangelho (Gál 3 – P 2)
Silvio Dutra


“6 Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
7 Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.
8 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
9 De sorte que os que são da fé são benditos com o cristão Abraão.
10 Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
11 E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé.
12 Ora, a lei não é da fé; mas o homem, que fizer estas coisas, por elas viverá.
13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
14 Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.
15 Irmãos, como homem falo; se a aliança de um homem for confirmada, ninguém a anula nem a acrescenta.
16 Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitos, mas como de um só: E à tua descendência, que é Cristo.
17 Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa.
18 Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa; mas Deus pela promessa a deu gratuitamente a Abraão.” (Gál 3.6-18).

Paulo disse aos gálatas e o diz a nós, que o Espírito Santo foi dado para salvar, santificar e operar milagres pela graça e não pelas obras da Lei.   
O que aconteceu à igreja da Galácia ensejou a escrita desta epístola para a advertência dos cristãos e igrejas de todas as épocas, para que vigiemos intensamente para não incorrermos no mesmo erro deles, por abandonarmos verdades reveladas por Deus no Evangelho para abraçar falsas doutrinas inventadas por homens e por demônios.
Por isso, se somos dignos de repreensão, submetamo-nos humildemente a ela e nos apressemos em retornar à verdade da qual possivelmente tenhamos nos desviado por persuasões e argumentações meramente humanas, e baseadas em palavras de sabedoria deste mundo, e não das que provêm do céu, e que foram registradas na Bíblia.
A partir do verso 6 nós vemos então o apóstolo, depois de ter repreendido os gálatas, esforçando-se para expor-lhes de novo a doutrina que eles haviam rejeitado, e da qual certamente já deviam estar esquecidos.
E ele fez isto de diversas maneiras: primeiro usando o argumento que havia sido justificado pela fé o próprio Abraão, que era o grande patriarca de todos os judeus, e designado como o pai de todos os cristãos em todas as nações, por conta da promessa que Deus lhe fizera, em razão de que se proveria de muitos filhos através daquele que descenderia dele segundo a carne, a saber o Senhor Jesus Cristo.    
Paulo diz que os cristãos são filhos de Abraão (v. 7), não segundo a carne, mas segundo a promessa, e por conseguinte, eles são justificados da mesma maneira que o patriarca havia sido.
O apóstolo identifica a promessa que havia sido feita por Deus a Abraão de abençoar na sua descendência todas as nações da terra (Gên 12.3), como um prenúncio da justificação pela fé, isto é, Deus fizera naquela ocasião a Abraão a promessa do Evangelho (v..8), muitos séculos antes do evangelho ter sido manifestado e cumprido em Jesus Cristo.   
Consequentemente, o resultado da fé nesta promessa é bênção para todo o que crê, assim como o próprio Abraão havia sido abençoado sendo justificado pela sua fé, para que fosse o patriarca de todos aqueles, que tal como ele, viessem a crer no futuro (v. 9).
A fé verdadeiramente honra a Deus, porque é a firme confiança em tudo o que a boca de Deus tem proferido. E porque a fé honra a Deus, Deus imputa a fé para justiça de todo aquele que Nele crê.      
A Lei revela que a transgressão de qualquer mandamento de Deus torna o homem culpado de uma condenação eterna.
E quem, na condição de pecador por natureza poderia cumprir tal exigência moral de Deus?
A Sua justiça o exige, porque se demanda conformação perfeita à Sua santidade para que alguém possa ir para o céu, sem culpa alguma.
Mas o pecado ofendeu a justiça de Deus. Foi por causa desta ofensa que o pecador perdeu o céu.
Então o caminho de volta ao céu deve passar obrigatoriamente pela plena satisfação da justiça de Deus.
O homem necessita então de justiça para ser salvo.
Mas o alto nível desta justiça não pode ser encontrado nele ou ser produzido por ele.
Daí ter o próprio Cristo se tornado a nossa justiça.
É pela Sua justiça imputada a nós que podemos nos aproximar do Deus que é inteiramente justo e santo.    
Consequentemente a Lei afirma que todo aquele que não cumpre os seus mandamentos permanece debaixo de maldição, porque os mandamentos da Lei refletem o caráter da perfeita justiça de Deus.
E há somente uma maneira de ser resgatado desta maldição, uma vez que a própria maldição não pode ser removida, em razão da exigência da justiça de Deus que amaldiçoa todos os transgressores da Sua vontade, a menos que eles tenham sido justificados em Cristo Jesus, pela justiça que lhes é imputada por Deus somente pela graça e mediante a fé.     
Deste modo, Paulo explica que nós somente podemos ser justificados pela fé que se firma no Evangelho, na boa nova de grande alegria de que Deus se faz favorável para com os pecadores que se arrependam de seus pecados e que se unem pela fé a Cristo, para serem justificados e santificados.   
Por isso aqueles que pensam que poderão ser justificados pelo mero esforço deles em praticarem as obras da lei, à parte da fé em Cristo, estarão permanentemente debaixo da maldição da Lei, porque a Lei não foi dada por Deus para o propósito de justificar, e não poderia ser dada para tal objetivo, porque o homem é pecador e já se encontra condenado, independentemente do que possa fazer de bom.
As santas exigências da Lei comprovam o quanto o homem está distanciado da perfeita justiça e santidade de Deus.
Então a Lei não poderá justificá-lo, porque para isto seria necessário que o homem fosse perfeito no cumprimento de tudo o que a Lei exige desde o seu nascimento, quer em palavras, em pensamentos e ações, e tanto nos deveres relativos a Deus quanto ao seu próximo.
Ninguém além de Jesus Cristo conseguiu cumprir perfeitamente toda a Lei, e somente ele poderia reivindicar a justificação da Lei caso necessitasse dela, mas isto nunca seria preciso no seu caso, porque Ele não tinha do que ser justificado, porque era sem pecado.    
Quando alguém confia em seu coração, que seus pecados são perdoados por causa do sacrifício de Cristo, e por causa da Sua justiça, Deus cobrirá os seus muitos pecados com o sangue do Seu Filho, e lhe aceitará por causa desta sua confiança nos méritos de Cristo como suficientes para expiar a sua culpa e dar-lhe a salvação.      
É como se Deus dissesse: “Eu perdoarei os seus pecados porque você crê que o meu Filho é poderoso para livrá-lo da condenação futura, porque Ele próprio se fez maldição no seu lugar na cruz para que você não estivesse mais debaixo da maldição da Lei.
E por causa desta sua confiança nEle, Eu lhe darei o Espírito Santo que prometi derramar como aceitação plena do sacrifício que o meu Filho fez por você na cruz, de maneira que o Espírito Santo possa transformar o Seu coração e operar em você um caráter verdadeiramente santo, assim como Eu sou santo.”.


Biografia:
Servo de Deus, que tendo sido curado, pela graça de Jesus, de um infarto do miocárdio e de um câncer intestinal, tem se dedicado também a divulgar todo o material que produziu ao longo dos 43 anos do seu ministério, que sempre realizou para a exclusiva glória de Deus, sem qualquer interesse comercial ou financeiro. Há alguns anos atrás, falou-me o Senhor numa visão que eu fosse ter com os puritanos e com Martyn LLoyd Jones. Exatamente com estas palavras. Por incrível que possa parecer, até então, nunca havia ouvido falar sobre os puritanos e LLoyd Jones. Mais tarde, fui impelido pelo Senhor a divulgar todo o material que havia produzido como fruto do referido estudo. Você pode ler e baixar estas mensagens nos meus seguintes blogs e site: http://livrosbiblia.blogspot.com.br/ Comentário dos livros do Velho Testamento https://www.legadopuritano.com/ https://spurgeonepuritanos.net/ https://jenyffercarrandier.wixsite.com
Número de vezes que este texto foi lido: 52819


Outros títulos do mesmo autor

Artigos Deus Requer Santificação aos Cristãos 3 Silvio Dutra
Artigos Deus Requer Santificação aos Cristãos 2 Silvio Dutra
Artigos Deus Requer Santificação aos Cristãos 1 Silvio Dutra
Artigos Porque a Vida Eterna é Dependente da Fé Silvio Dutra
Poesias O Selo do Crente Silvio Dutra
Artigos O EVANGELHO QUE NOS LEVA A OBTER A SALVAÇÃO Silvio Dutra
Artigos O Real Sentido da Vida Silvio Dutra
Artigos Satisfação Silvio Dutra
Poesias Salvação sem Jesus? Silvio Dutra
Artigos Quem São os Puritanos? Silvio Dutra

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 2088.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 69015 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57922 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 57559 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55840 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55120 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 55073 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54960 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54899 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54826 Visitas
Coisas - Rogério Freitas 54824 Visitas

Páginas: Próxima Última