Muitas vezes no decorrer de nossa passagem por aqui, somos vítimas de injustiças, inverdades, acusações sem sentido e preconceitos. Verdadeiras ofensas descabidas.
Nesses momentos dá para imaginar o que sente um réu durante seu julgamento, sabendo-se inocente, tendo que ouvir as mais infames e mentirosas acusações da promotoria, além dos olhares inquisidores dos demais presentes, inclusive do senhor todo poderoso, o juiz. E, ao final, com a sentença de “culpado” promulgada pelo júri, certamente vem o pensamento e a vontade de morrer.
Oscar Wilde, lá no longínquo século XIX, dizia com perfeição que “todo homem mata as coisas que ama”. E é exatamente isso o que muita gente continua fazendo até hoje, por ciúmes excessivos e/ou descabidos, por um total despreparo para viver em harmonia com quem quer que seja ou pelo simples fato de “não saber ouvir”.
São pessoas que estão sempre brigadas com alguém, brigadas consigo mesmas e brigadas com a própria vida. E, diante dessas situações, elas começam a criar uma espécie de peça de teatro dentro de suas cabecinhas e acabam por escrever o roteiro de acordo com seus desgostos, suas mágoas e suas frustrações.
O que podemos fazer?
No caso do nosso réu no tribunal, não se pode fazer muito. Afinal ele está perante um advogado de acusação, outro de defesa e alguns jurados, muitas vezes inaptos para assumir a imensa responsabilidade que pesa sobre seus ombros. Que a justiça seja feita!
Porém, quando se trata do nosso dia a dia, em que esses petardos maldosos, ofensivos e infundados nos acertam em cheio, temos que ter em mente ser o silêncio a melhor resposta quando lemos ou ouvimos uma bobagem qualquer, que o julgamento alheio não é assim tão importante e que é preciso, principalmente, cultivar a paz interior.
É preciso entender que um simples momento pode ser mais importante do que muitos anos e que cada um é livre para fazer as suas próprias escolhas, seja por quais forem os motivos.
Cá entre nós, tudo isso pode ser combatido com apenas três palavrinhas que ajudam a contornar a situação: silêncio, que é de ouro, paciência, a arte de esperar, e o tempo, senhor da razão.
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