Por Charles Haddon Spurgeon

Traduzido e adaptado do texto em espanhol, em domínio público na Internet, pelo Pr Silvio Dutra.

“Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo 3.18).

Por que aquele que crê não é julgado? Por que é pela fé em Cristo que se agrada à justiça de Deus e que se é livrado da condenação da lei. Não é julgado o que crê, porque por meio da fé, é declarado justo e será perfeitamente justo pela obra que Deus está operando em todos os cristãos, aperfeiçoando-os pela Sua Palavra e pelo poder do Espírito à semelhança com o próprio Jesus Cristo. E como poderiam ser condenados e julgados aqueles que têm sido assim transformados?
Houve um tempo em que nossas almas se inclinavam ao pecado, porém agora, ainda que pequemos esse pecado dói em nós, devido que lamentamos o pecados, temos a evidência que “já não o pratico eu”, como diz o apóstolo, “senão o pecado que habita em mim”. O meu eu interior, o verdadeiro ego, deseja a santidade. Se pudéssemos ser como gostaríamos de ser, seríamos puros como Deus é puro, posto que nosso coração tem fome e sede de justiça.
Mas como as forças que operam em nós, são mais fortes do que a nossa própria vontade, esta vida que nos agradaria ter em plenitude, está além do fato de querermos ou não querermos, mas de estarmos de fato submissos à vontade de Deus, e debaixo da influência e poder da Sua graça. Mas ainda que não possamos ter isto em perfeição enquanto sujeitos a este corpo terreno, podemos contar com a grande verdade de que já não há mais condenação desde que estejamos unidos pela fé a Cristo Jesus, em quem somos declarados justos por Deus, e não mais sujeitos ao juízo condenatório, porque é certo que Deus completará a obra que iniciou em nós, e satisfará plenamente a nossa fome e sede de justiça, quando nos tornar perfeitamente justos e santos na glória vindoura.
   

Outros títulos do mesmo autor