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- Por favor Marcos - suplicando - não me mata! - Suplicou Jéssica quase chorando. Marcos pega um vidro de clorofórmio e um pano e dopa Jéssica que sem sucesso tenta relutar.
- Já sei o que fazer agora! - Marcos pega Jéssica no colo e sai com ela em direção ao palco, lá ele encontra outro capanga que está disfarçado de faxineiro.
- Ainda bem que tá aqui você! Leva ela lá pro galpão e diga que foi ordem do Marcos! - Dizia Marcos praticamente a jogando nos braços do capanga. - Tá esperando o que hein? Anda, obedece! - O funcionário corre aflito com Jéssica nas mãos, ele sai escondido, sem ser notado e entra em seu carro, jogando Jéssica nos bancos de trás e sai em disparada, Marcos volta para a rua onde todos estão perplexos correndo, chorando desesperado.
- Gente, socorro, socorro! - Berrava Marcos fingindo estar desesperado - Sequestraram a Jéssica, eu a procurei por todos os lugares e não a encontrei! Ela desapareceu! - Todos ficaram totalmente perplexos com o que acabaram de ouvir, Dona Margarida chora ainda mais pela cunhada de sua filha. Algumas horas se passaram toda a família de Laura e de Jéssica estavam na polícia prestando depoimentos sobre o sequestro de Laura e o suposto “desaparecimento” de Jéssica. A polícia de imediato concluiu que o que ocorre é que ambas foram sequestradas pela mesma quadrilha. Todos os parentes de Laura e de Jéssica se reuniam esperando por uma ligação dos bandidos que não ligavam, todos estavam extremamente aflitos, Marcos encenava uma aflição pelo desaparecimento da amada e do irmão que comovia a todos o mantendo distante de quaisquer suspeita.
- Onde será que estão elas hein pai? - Perguntava a quase todo instante Marcos com lágrimas nos olhos para seu pai Maurício.
- Não sei filho. - Lamentava Maurício - Mas se acalma, eles vão fazer contato, nós vamos pagar o resgate e isso vai ficar bem. - Confortava Maurício abraçando o filho. Enquanto isso no galpão Laura estava trancada num porão assustada, corria de um lado para o outro aflita.
- Me tirem daqui! - Berrava Laura - Pelo amor de Deus, me tirem daqui! Eu tenho fobia de lugares fechados, pelo amor de Deus! - Por trás da porta um dos sequestradores conversava com Laura.
- Ah fobia! - Zombava o capanga de Marcos - Pelo amor né, eita doença de gentinha mimada! - Laura começa a se sentar no chão um tanto ofegante, enquanto isso no galpão os sequestradores apontavam armas para a cabeça de Jéssica que estava desesperada.
- Quanto meu amor pagou pra vocês me sequestrarem!? - Pergunta Jéssica - Eu... Eu pago o dobro!
- Não, nós fechamos com ele e não sómos trouxas de cairmos na tua lábia não! É apenas uma questão de horas pro seu irmãozinho mandar te apagar! Ele só não te apagou lá mesmo porque ia soar estranho e podia sujar pra ele! - Disse um sequestrado com frieza desesperando ainda mais Jéssica que chorava de tanta aflição.
- Eu vou gritar! - Anunciava Jéssica tentando intimidá-los - E a Laura vai ouvir! - E de fato Laura ouviu, tanto que ficou quieta colocando os ouvidos atrás da porta para ouvir as palavras que se sucederiam.
- Ah jura!? - Disse um outro sequestrador em tom de deboche - Apagamos você e apagamos ela! - Disse ele já mudando o tom para intimidá-la. Jéssica continuou a chorar.
- A gente tem que fazer nossa contagem. - Disse um sequestrador - E essa chorona aqui vai atrapalhar tudo!
- Fazemos o que com ela então? - Perguntou outro capanga.
- Jogamos no galpão com a outra lá. - Respondeu o sequestrador que em seguida encostou uma arma na boca de Jéssica - Mas se você abrir o bico pra algo lá com sua amiguinha além de matar você a gente mata ela! - Disse o sequestrador, mais um dos sequestradores pegou Jéssica que estava com os olhos cheios d’água pelos cabelos e a arrastou até a porta do galpão, ele abriu e anunciou para Laura:
- Uma amiguinha pra você dar seu pitti! - Disse ele jogando-a lá, ele a trancou lá com Laura que correu e abraçou forte Jéssica.
- Jéssica! - Disse Laura.
- Laura que bom que você tá bem! - Preocupada - Eu achei que eles tinham feito algo com você!
- Eles não podem me apagar agora, sem provas de que eu estou viva não irão pagar o resgate. - Disse Laura tentando racíocionar, ela olha para o teto - Tá vendo aquela janela de vidro lá no teto?
- Sim. - Ingada Jéssica - Por quê?
- Aquela janela nenhuma de nós alcansaria sozinhas, mas se uma se apoiar na outra e quebrarmos a janela?
- Ótima ideia! - Disse Jéssica animada - Mas pode ser perigoso!
- Jéssica, eu ouvi o que disseram, vão te apagar e depois que pagarem o resgate eu também! - Diz Laura aflita - Temos que tentar!
- Tudo bem! Primeiro vai você!
- Pode ser! - Disse Laura pegando uma garrafa de vidro que havia no local, ela sobe num baú, em seguida Jéssica sobe também no baú, Jéssica a pega pelas pernas e vai a subindo, até que ela alcansa a janela e rapidamente acerta a garrafa nela a quebrando formando um grande buraco que não é ouvido pelos sequestradores, Laura fica dependurada no galpão.
- Agora vem Jéssica, me dá a mão! - Disse Laura. - Confia em mim a queda não é tão alta, mas você precisa me dar a mão pra eu te puxar! - Disse Laura, Jéssica temebrosa estende a mão para Laura que a puxa, ambas caem para fora do galpão, o barulho de ambas caindo chama atenção da quadrilha.
- Ai! - Disse Laura caindo. - Pronta? - Perguntou Laura, Jéssica fez que sim estendendo a mão de Laura que pega e ambas começam a correr desesperadas gritando por socorro pela mata que cerca o galpão abandonado. Os sequestradores entram no galpão e percebem que ambas fugiram pela janela eles começam a correr atrás delas.
- Socorro! - Berra Jéssica juntamente de Laura.
- Alguém nos ajude! - Berra Laura em tom de súplica, os sequestradores correm atrás de ambas, elas ficam feito baratas tontas pela mata andando praticamente em circulos sem conseguir sairem com os sequestradores, que por sorte também não conhecem a mata. Jéssica e Laura, após acharem que já estão bastante distantes param a beira de um rio.
- Vamos parar aqui, já estamos muito longe, já está quase anoitecendo! Melhor pararmos por hoje! - Disse Jéssica, ambas ficaram as margens do rio.
- Será que não é perigoso passar a noite aqui!? - Pergunta Laura.
- Não sei, mas não podemos continuar feito barata tontas aqui gritando no meio da madrugada. - Enquanto isso na casa de Marcos ele recebe uma ligação desanimadora de um de seus capangas.
- Alo - diz Marcos - o que foi?
- Então cara... Aconteceu uma coisa desagrádavel - anuncia um dos capangas já preparando Marcos para o pior.
- Não acredito que vocês deram cabo de uma delas sem minha ordem! - Esbraveja Marcos - Não era hora ainda ô topeira!
- Não... Não foi isso, foi pior.
- Ai meu Deus! - Falou Marcos quase tendo um troço na dúvida se queria realmente saber o que seria pior que aquilo - O que poderia ser pior do que matar uma delas antes de pegarmos o dinheiro?
- A Jéssica saber que foi você e ela fugiu junto com a Laura e não conseguimos achá-la. - Marcos fica totalmente furioso - Como!? Haja incompetencia! Encontre-as imediatamente! - Esbravejava Marcos quase que gritando ao telefone. Ele desliga o telefone na cara do capanga. - E agora, o que eu faço!? - Se perguntava Marcos desesperado. Achando que sua situação não poderia piorar ele foi para a sala onde viu o jornal repercutindo o desaparecimento da cantora famosa e de sua cunhada, no jornal anunciava que a polícia já estava tomando as medidas cabíveis para achá-las e que tinha suspeitas de arredores próximos onde seria o cativeiro. Marcos, com a notícia ficou ainda mais desesperado. Já era noite há muito tempo, a noite estava bastante fria, ambas estavam a sós na beira do rio.
- Meu Deus, que frio! - Disse Jéssica quase tremendo.
- Me abraça? - Perguntou Laura. - Dizem que ajuda a aquecer e diminui o frio. - Jéssica e Laura se abraçaram e ficaram agarradas aquecendo uma a outra e assim adormeceram a beira do riacho, embora Jéssica antes de dormir pensou bastante em Marcos como seu sequestrador. Os sequestradores não descansaram um só segundo naquela madrugada, ficaram ela inteira procurando Laura e Jéssica pela mata, sem nenhum sucesso. O dia por fim amanhece, ambas vão acordando.
- Bom dia! - Diz Laura.
- Pelo menos você dormiu bem? - Pergunta Jéssica sorridente.
- Sim, graças a você, e você? - Perguntou Laura.
- Eu não muito bem, mas não foi por causa do frio, ao seu lado me senti confortável, aconchegada, eu só via a hora de voltarmos pra casa. Ambas continuam conversando descontraídas a beira do rio tramando os planos para saírem da mata, até que Jéssica ouve um som extremamente potente.
- Isso é moto! Está por perto! - Disse Jéssica animada.
- Vamos até onde o som veio! - Disse Laura animada, ambas deram as mãos e começaram a correr afobadas, após correrem um tanto viram a estrada que estava passando poucos carros, elas sorriram, até que viram um carro da polícia rodoviária estadual e correram até eles.
- Polícia, polícia! - Ascenava Jéssica pedindo ajuda, os policiais sabendo de quem se tratavam pararam.
- Ufa! - Disse Laura - Finalmente estamos salvas! - Ela e Jéssica deram um forte e emocionante abraço, alegres, elas entraram no carro da polícia rodoviária estadual e partiram. Alguns minutos depois, desanimada a família de Jéssica tomava café da manhã, até que a campainha toca, Maurício atende e fica espantado.
- Vocês!? - Sorrindo, ele dá um forte abraço em ambas.
- Obrigado papai, o Marcos está? - Pergunta Maurício.
- Ele está em seu quarto, ele ficou muito arrasado quando vocês sumiram!
- Coitado! - Exclamou Jéssica com uma pitada de ironia na voz. - Vamos confortá-lo lá no quarto. - Jéssica e Laura subiram até o quarto de Marcos que estava com a porta destrancada, onde não o viram.
- Cadê ele? - Perguntou Laura baixo.
- Xiu! - Exclamou Jéssica.
- Quem tá aí? - Pergunta Marcos no banheiro, logo em seguida ele saiu, quando abriu a porta ficou totalmente impactado ao deparar-se com Jéssica e Laura em seu quarto.
- Vocês!? - Perguntou Marcos incrédulo, totalmente perplexo ao vê-las, como se estivessem olhando para assombrações.
- Sim maninho... Nós, não está feliz em nos ver? - Pergunta Jéssica ironica encarando Marcos.
CONTINUA...
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