Você se sente assim
meio que planando numa nuvem
que você não sabe para onde vai.
Você não sabe se quem fala
com você é você,
ou uma voz de outro mundo.
Poderia ser qualquer voz,
pois aqui é praça pública,
todos passam,
podem ver, olhar
e depois, uma peça pregar.
Poderia ser um rio.
Poderia ser um mar.
Como saber?
E onde essa voz vai me levar?
O que vai em minha alma?
Perguntas!
Quero saber!
Que caminho é esse afinal?
Por que não me responde?
Se o caminho não falar, como vou saber,
pois essa voz, o que ela disse,
não sei se eu, eu mesma,
iria algo assim um dia me dizer.
Penso que não,
pois então,
de que teria valido,
toda dor até então sofrida?
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