Colocar os pés no chão e sentir a terra firme sob teus pés, te faz sentir parte de um universo, de um mundo de outro mundo, onde você se torna uma coisa só, talvez um plasma, uma gosma que se derrama lentamente no pó da terra.
E quem sabe dali um novo ser irá surgir. Só espero que não mais uma mulher de outro mundo, mas uma mulher centrada, que sabe o que quer e para onde ir. Uma nova mulher.
Seria como se terra e céu se encontrassem e você mergulhasse em vôo alucinado para este oceano de sonhos e miragens e dele fizesse parte.
Mas parece tudo confuso. Até mesmo minha fala que explode em todas as direções. E dali também me olho, contemplo o norte e o sul de minha vida, abrindo os olhos para o nascer do sol à leste do meu caminho.
É para lá que eu vou. Caminho sem parar. A antiga andarilha em marcha outra vez. Mas desta vez para sentar no banco do jardim e esperar o espetáculo maravilhoso do alvorecer.
Mas até o amanhã chegar, escorrego meu corpo para debaixo dos lençóis, para descansar e sonhar com o dia de amanhã. Um novo dia de amanhã.
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