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01 - Fazendo sábias escolhas
Cezar Andrade Marques de Azevedo

Resumo:
Refazendo a jornada da vida

“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram.” (Mt 7:13,14)

Se há algo que Deus preza no homem é o direito de escolher. O Senhor, Criador dos céus e da terra, Soberano de todo o universo, poderia simplesmente impor Sua bendita e santa vontade a quem quer que fosse, contudo, gentilmente faz um convite: “Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11:28). Como você responderia ao chamamento do Senhor?

Saiba que este convite não obriga ninguém a fazer algo que não queira, mas dá uma alternativa que faz um contraponto a maior necessidade do indivíduo, isto porque Deus tem projetado para nós planos de paz e não de mal, para nos dar um futuro e uma esperança (Jr 29:11). Se entendermos que o melhor de Deus é o melhor para nós, aceitamos submissamente seu convite, se desconfiamos do que Deus tem a propor, então estamos livre para seguirmos o nosso próprio caminho.

É por termos o direito de escolha que podemos optar entre a porta estreita ou a porta larga, entre o caminho apertado ou o caminho espaçoso. O destino final de cada uma das escolhas foi dada pelo Senhor: a vida ou a perdição, faça a sua escolha.

O caminho que conduz a vida é como uma escada ascendente, onde cada degrau tem sua própria significância, acontecendo o mesmo com o caminho que leva a perdição. Todos nós estamos diante desta encruzilhada e podemos escolher por nossa própria vontade se vamos subir ou descer. Se subirmos seguimos pelo caminho da graça onde cada degrau consta em I Pd 1:5-8, se descermos optamos pela estrada da morte, tropeçando nas pedras soltas de Tg 1:12-15. Antes de fazermos nossa própria escolha, vamos fazer uma peregrinação imaginária com dois personagens, o sábio e o simples.

Havia uma minúscula porta, daquela tipo casinha de rato de tão pequena que era. A portinha não só era pequena como também cruzada por barras de ferro, tipo grade de prisão. Nesta porta se um ratinho tentasse entrar teria que contorcer todo seu corpo, praticamente se esmagar entre as frestas. De pé estava um homem envelhecido pelo sofrimento. A gente gemia na alma olhando sua aparência, isto porque sua fronte sangrava, pois fora ferida por espinhos pontiagudos; suas mãos estavam furadas e sangravam também. Ao lado de suas vestes era possível ver um filete de sangue caindo, como se tivesse sido esfaqueado, mas contam ter sido uma lança que penetrou ali. Seu aspecto era assustador, mas, ao mesmo tempo, podia sentir paz na presença dele. Daquelas chagas pareciam fluir amor e perdão, se bem que contavam que era sangue e água.

A outra porta era totalmente diferente. Toda colorida, era muito espaçosa. Um grande fluxo de gente ia e vinha desta porta sem compromisso algum. Era possível ver pessoas riquíssimas e outras paupérrimas; tinham atletas olímpicos e deficientes físicos; se avistavam velhos e crianças, homens e mulheres, de todas as raças. Tinha gente séria, outras debochadas; gente vendendo saúde e outras em estado terminal por causa da enfermidade. Só uma coisa havia em comum com todas elas: ninguém se importava com o outro, cada um seguia seu próprio curso, fazendo o que bem lhe apetecia. Mas o que mais se destacava naquela porta era a figura de um homem formoso de parecer. Seus olhos brilhavam, seu corpo lhe conferia a aparência do deus do Olimpo, sua voz cativava, seduzia, encantava.

Uma coisa é certa, diante do fluxo de gente, por causa da sedução do homem no meio da porta, praticamente ninguém observava a minúscula porta, até porque só ratos teriam condições de cruzar por ela. De longe vinham juntos o sábio e o simples. Quando estavam na encruzilhadas entre as duas portas, simultaneamente ouviram nitidamente duas vozes. Uma dizia: “Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” e a outra bradava: “Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares”.

O sábio logo se deixou atrair por tão intrigante proposta: – Ter tudo? dizia ele – como é possível? Já o simples correu em atendimento ao convite: - Finalmente poderei me ver livre de tão pesado fardo, resmungava consigo.

Quando o simples chegou diante do homem sofrido e desprezado perguntou: – Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Ao que ouviu – Deixa os mortos sepultar os seus próprios mortos; tu, porém, vai e anuncia o reino de Deus. Ao que o simples refugou, pensando – É doido, pede para eu tirar meu fardo e me dá outro para carregar!

Já o sábio conversava com o homem sedutor, perguntando-lhe – Como faço para ter tudo? Ao que ouviu por resposta – Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. Diante de tão inusitada proposta, fez-lhe outra pergunta – se posso fazer isso, terei tudo quanto quero, agora, como vou fazer para ter os outros nos meus pés? E ouviu – Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e: eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Foi quando o sábio pensou consigo – Se eu aceitar estas propostas na verdade serei como Deus, penso que serei o próprio deus e isso não é dado a homem algum. Então disse com firmeza: – Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.

O sábio ainda cruzou pelo simples, agora, cada um em direção oposta. O sábio foi atrás da outra voz, enquanto que o simples se deixou atrair pela sedução do homem sedutor.


Biografia:
O autor é casado com Karin, professora mestre em Língua Portuguesa e tem dois filhos: Adan e André. Sua formação é em Administração de Empresas, Teologia e Ciências Contábeis, com mestrado em Administração de Empresas pela PUC.PR. Atualmente é Secretario Municipal de Finanças de Campo Novo do Parecis.MT. Seu site pessoal é www.cezar.azevedo.nom.br
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