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PANTEROS
Décio Pignatari
Este livro nasceu de um ímpeto de Décio Pignatari de revelar a trajetória de seu amor com Yara. Sem interesse algum a sua forma de titular os capítulos em inglês e o embaralhamento de capítulos e de páginas, que ao mesmo tempo prejudica o leitor e lhe dá mais trabalho. Neste sentido, o autor tomou o livro por produto meramente literário, lhe deu formas “moderninhas”, sem contudo sair do trivial gênero de tantos outros que aí entulham as livrarias, sem conter praticamente nada diferente. Para os que não o conhecem, o livro retrata as experiências de Miro e o mundo ao seu redor: a família, a escola, a cidade e a era Vargas.
O livro se divide em vários capítulos, alguns fragmentados como o capítulo 20, entremeados com fotos até abusivas como no término do livro. Cita passagens em que faz amor com Lana Turner, a Receita do Nariz Divino, a Cartilyara. O autor tem criatividade, mas limitada pelos seus sentimentos de amor por Yara, somente. Contudo, o autor vai a vários extremos para mostrar seu amor por Yara: “Eu, Miro, acredito que só a carne se move e faz os seus caminhos. Não o verde não a água não o fogo não o ar: a carne viva ambulante é a liberdade. O cosmo vai encarnar. E em todo lugar e tempo em que ele encarnar, você será lembrada meu amor”. (p. 116).
O livro posiciona-se como um conto de amor, com todos os ingredientes para isso, seja através da poesia, seja através das fotos, seja através da sua fragmentação de capítulos. “Veja que eu amo doridamente uma donzela apática”. ... Mas é que amo doridamente uma donzela asmática. Não se carrega a bateria vazia de um coração? Ah, não?! Então preciso urgente – de gênio a gênio – de uma medida prática (p. 136/7). O objetivo consiste em mostrar que todos os fatos corriqueiros mencionados no livro convergem para o amor de Yara, envolvendo até o erotismo, com situações propícias para isso, terminando com uma foto sobre isso.
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