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Rotina quebrada, tragédia consumada
Alci Massaranduba

O dia despontou no horizonte, parecia que seria mais uma quinta-feira como outra qualquer. A vida seguia o seu curso normal. A mesma cena se repetiu por diversas vezes em diferentes lugares. Os pais atentos e cuidadosos com a educação dos seus filhos os despertaram ainda sonolentos, logo pela manhã. Seria mais um dia de aula na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro. A frase seguinte foi muito pronunciada: “Acorda filho (a) está na hora de se arrumar para ir à escola”. Que alegria para os pais ao constatar que os seus filhos estão crescendo saudáveis e dedicados aos estudos. A escola é um ambiente maravilhoso para as crianças desenvolverem a sua cidadania. Vivendo num país onde reina a insegurança, a escola é o local mais seguro para se deixar os filhos, assim pensam a maioria dos pais. Naquela fatídica manhã, infelizmente, toda a tranquilidade e segurança que os pais sentiam evaporou-se instantaneamente. Após se despedir dos filhos, os pais então se dirigiram para as suas atividades diárias. Quem poderia imaginar que aquela seria a última vez que eles veriam os seus filhos com vida? Em hipótese alguma imaginaríamos tal coisa. O que aconteceu depois do inicio das aulas foi de uma selvageria nunca antes vista no nosso querido país. Apesar das mazelas sociais que ainda aprisiona muitos brasileiros, não faz parte da nossa realidade conviver com tamanha brutalidade. Acompanhamos estarrecidos os telejornais divulgarem, principalmente nos Estados Unidos, o massacre de estudantes por francos atiradores. A tragédia com certeza nos comovia, as imagens nos chocavam, mas era algo bem longe da nossa realidade, tudo isso mudou na manhã do dia 07 de abril de 2011.
A mídia não demorou a chamar os especialistas para dar as suas explicações. Como explicar o inexplicável? Com certeza serão levantadas inúmeras hipóteses. O fato é que em muitos lares, a ausência das crianças nunca será preenchida por nenhuma explicação. Por mais que se busque entender as razões que levaram o assassino a praticar tamanha barbárie, nunca saberemos realmente o que se passava na sua mente. Se o mal realmente existe, ele estava personificado naquele perturbado rapaz.
O momento é de extrema dor para todos nós. Eu sou pai de uma menina e nem consigo imaginar como seria perder o meu grande tesouro- minha filhinha. Mesmo as pessoas mais fortes não estão conseguindo conter as lágrimas que teimam a cair diante das notícias que nos chegam a todo instante. A violência destruiu o futuro de crianças inocentes e deixou um vazio enorme no nosso interior. O Brasil inteiro está de luto, mesmo sem conhecer aquelas crianças, é como se elas fossem da nossa família.
Vamos chorar juntos e buscar o consolo e a força de Deus para superar tamanha tragédia. É só o que podemos fazer diante de tanto sofrimento.


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