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08/09 "A vingança da peroba"
Monteiro Lobato
Carlos Eduardo da Silva Ferreira

Resumo:
Resenha crítica

MONTEIRO LOBATO (1882-1948)
     Nasceu na cidade de Taubaté, em São Paulo, no ano de 1882. Quando criança e mesmo na adolescência, estudou em sua cidade natal, vindo mais tarde para São Paulo, onde se formou pela Faculdade de Direito. Fundou o jornal O Minarete, quando era ainda um simples estudante. Em 1913, escreveu um artigo para o Correio Paulistano. Cada vez mais empolgado com a carreira jornalística, acaba por comprar a Revista do Brasil, dando-lhe mais tarde o nome de Monteiro Lobato e Cia., logo transformada em Companhia Gráfica – Editora Monteiro Lobato, onde foram lançados vários escritores novos. Porém, apesar do sucesso artístico que obteve, seu êxito não foi tão grande na parte comercial, vindo a abrir falência em 1924. Em seguida, mudou-se para o Rio de Janeiro com a finalidade de vender uma casa lotérica da qual fazia parte como sócio, conseguindo assim levantar um capital com o qual veio a fundar a Companhia Editora Nacional.
     Em 1931, entusiasmado com o desenvolvimento dos Estados Unidos, fundou a Companhia Petróleo do Brasil, vindo mais tarde a desistir do petróleo, dedicando-se inteiramente à vida jornalística, escrevendo principalmente para as crianças.
     Seus livros são cheios de fantasias, de uma imaginação fora do comum. Escreveu também livros didáticos no campo da Matemática, História, Ciências, Geografia, usando e abusando de sua imaginação.
     Faleceu em 1948, em São Paulo, deixando obras de inigualável valor, principalmente às crianças, tais como: Narizinho Arrebitado, O Saci, O Marquês de Rabicó, O Pica-Pau Amarelo, Jeca-Tatu, e vários outros.

RESENHA SOBRE “A VINGANÇA DA PEROBA”
     Esta é a história de dois sitiantes vizinhos, João Nunes e Pedro Porunga, que eram rivais ardorosos. A rixa começou depois que o filho do Porunga capturou uma paca de estimação do Nunes, que prometeu vingança.
     Além desse problema, Nunes ainda sentia inveja do vizinho por conta de a casa deste ser repleta de filhos homens (seis, no total) que poderiam ajudá-lo no trabalho da roça, enquanto ele tinha oito filhas e apenas um varão, Pernambi.
      Nunes era alcoólatra, também fumava demais, e fazia questão de ensinar Pernambi a se comportar da mesma maneira. Mesmo com apenas sete anos de idade, o filho bebia e fumava como os adultos, batia nas irmãs, andava com faca de ponta na cintura, não respeitava a mãe, pois este era o comportamento que um homem de verdade deveria ter, segundo o pai. O sítio do Nunes não rendia muito, sua casa era feia, tinha poucas galinhas e nenhum porco. Também possuía um cachorro, Brinquinho, lento, cheio de carrapatos e outros problemas. Já o sítio do Pedro Porunga prosperava em tudo, o que só aumentava a inveja do vizinho.
     Depois de ouvir que o Porunga estava negociando a compra de uma besta, Nunes ficou muito irritado e prometeu que construiria um monjolo para lhe fazer frente. Ele não tinha condições de realizar tal façanha, pois seu sítio não produzia uma quantidade de milho que justificasse o empreendimento. Intransigente, ninguém conseguiu tirar a ideia de sua cabeça.
     Para dar curso ao plano, Nunes convidou Teixeirinha Maneta para construir o monjolo. Como o próprio apelido indica, Teixeirinha não tinha um dos braços, o que dificultou bastante a conclusão da obra.
     Para a construção do monjolo, Nunes resolveu usar a madeira da peroba que fazia a divisa de suas terras com as do Porunga, sem avisar o vizinho.


     O monjolo foi construído e Nunes ficou um tempo se gabando do feito. Porém, quando foi usá-lo pela primeira vez, percebeu que o monjolo não funcionava como deveria. Fazia muito barulho, mas moia pouco       
          


Biografia:
Estudante de LETRAS na UNESP em Araraquara. Prof. no Cursinho Pré-Vestibular em Franca na Escola Estadual Torquato Caleiro.
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