ANDANÇAS
Andei pelas terras da agitação
Procurei prazeres, procurei a razão
Andei pelos vales da escuridão
De uma janela avistei o horizonte
Céu azul e Terras verdejantes
Água límpida e refrescante
Uma visão curativa pra alma
Uma visão deslumbrante que acalma
Vou Correr contra o vento
Vou dormir ao relento
Quero gritar para o mar
Quero dançar com o ar
Nas areias da praia deitar
Comer na táboa o peruá
Mas para meu mato vou voltar
E nas Minas Gerais vou ficar
E quando a noite chegar
Vou olhar as estrelas
E nelas meditar
Até o sono chegar
Aqui é meu chão
Alma sertaneja
Sotaque caipira
Espírito de pião
De manhã vou no riacho me banhar
E minh'alma refrescar,
Tomar o puro café torrado
Caminhar descalço no trilho feito pelo gado
Dedilhar a viola e matar um capado
Contar prosa na varanda de frente pro terreno arado
Quando o almoço chegar, angu, ovo frito,
Taioba e carne tirada da gordura na lata, que satisfação,
O pau de lenha queima e a comida cheira nas panelas no fogão.
Não quero voltar para selva de Pedra
Pro ativismo depreciável
Aposentei o terno e a gravata
Calcei a botina, vesti um jeans, camisa xadrez e chapéu de palha.
Cavalgo e junto o gado, sirvo a Deus e sou abençoado!
Arrumei um bem pra mim, mulher virtuosa quem achará?
Eu achei no grotão do Massambará.
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Biografia: Frâncel Marzork: Mestrando Teologia e Educação Comunitária pela Faculdades EST-São Leopoldo RS,Especialista em Bioética pela UFLA-Lavras MG, Especialista em Docência do Ensino Superior EVATA-Viçosa MG,Formação em Ensino Religioso UNEB-Barreiras BA, Formação em Capelania UCEBRAS-Belo Horizonte MG, Teólogo, Filósofo,Professor,Escritor e Poeta. Sacerdote Metodista Wesleyano
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