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UMA MULHER, UM DRAMA…E UM SEGREDO
Rosa de Castro

Resumo:
Estou aqui perdida em meus pensamentos relembrando um passado não muito distante.

Vejo-me... Sentada na calçada enrolada em trapos e aquecida por papelões. A sonhar com o dia que poderei ver meu filho. Um filho que nem ao menos sei por onde começar a procurar. O perdi ao meio das drogas, amizades e tantas coisas que nos faz tropeçar quando jovens e influenciados e rebeldes. Será meu Deus que terei chance de ver meu filho e ser perdoada? Não sei... Já passaram alguns anos...
Quando lembro como nasceu magrinho... Eu sem estrutura e sem preparo e minha avó já velha e doente. Amigas? Tinha. Mas não para dividir responsabilidades e fazer-me enxergar.
A única era minha avó... Mas coitada! Já não podia nem mais com ela. Muito menos comigo que tantas preocupações e sofrimentos causavam.
Quando estava menos drogada ainda conseguia fazer algo. Na realidade o dinheiro que entrava era pouco, trabalhava me prostituindo não só por meu filho, mas pelo meu maldito vício. A pensão dela já não dava para nada... Mesmo! Um dia quando me aproximo da minha casa percebo um tumulto na porta. Eram os vizinhos que tentavam ajudá-la e olhavam meu filho. Corri... E uma delas me chamou de má, puta e tantas coisas mais... Olhei minha avó na cama magra, acabada, indefesa e a senti tão desolada...
Neste momento, tudo passou na minha frente como o filme. O que fiz com a única família que tenho? Perdi-me em memórias.
Nisto chega a SAMU entram e a olharam e aconselharam encaminhar ao Hospital. Assim foi feito. Uma vez ou outra a visitava e na maioria alternava entra casa com meu filho e quando a situação apertava pedia umas amigas para ficarem com ele... Entretanto, uma delas, Fátima aconselhou-me a dá-lo, afinal, o que teria eu a oferecer. Nada! Apenas Rock e drogas... Meu leite contaminado pela bebida e às vezes maconha quando era oferecida pelos meus clientes porque não tinha como conseguir fácil. Fui pega e encaminhada para reformatórios de recuperação de drogados e fugi algumas vezes. Nestas idas e vindas meu filho foi se desenvolvendo, ora com amigas, ora comigo. Quando o apanhava na casa de uma amiga deparava com meu filho tão desprotegido. E pensava, Ah! Olho como posso e não posso e a verdade é esta doa a quem doer.
Fátima se lembrou de uma filha de uma amiga da minha avó que trabalhava num Condomínio na Barra da Tijuca e que por sinal havia comentado que queria adotar um menino. Era um casal de posses, mas, mesmo assim eram humanos. Coisa tão difícil de ver nesta classe social... Relutei a princípio, entretanto, seria a medida mais acertada. Só restava procurar a menina e pedir para levar meu filho. Se concordar, irei levá-lo. Assim o fiz. Parece incrível ao vê-lo gerou uma simpatia mútua, mesmo meu filho naquelas condições sentiu-se atraída. Só precisava falar com o marido. A única exigência é que teria que ser de papel passado. Retruquei logo: Senhora ele não é registrado não... Tudo bem! Concordo é melhor pro meu filho. Não posso ficar com ele estando nestas circunstâncias. A Senhora só pediu para que passasse lá noutro final de semana. E fomos e conversamos com o casal. Eu, Fátima e esta filha da amiga da minha avó. O Senhor já havia chamado até o seu Advogado e munidos de papéis para darem inicio adoção. E lá mesmo, propus que caso quisessem poderiam ficar com meu filho se entre olharam surpresos, talvez, mas concordaram.
Pediram à empregada que o acomodasse no quarto de hóspede e no dia seguinte, iriam providenciar o seu quarto. Fiquei a olhar e percebi o bem que estava fazendo ao meu filho. E porque mentir, naquele momento, a mim mesma. Estaria livre. Passou algum tempo e não muito fui chamada ao Juizado para assinar os papéis de doação e pronto! Porém, o Senhor disse-me: Nunca mais nos procure. A partir de agora seu filho não existe. Combinado? Balancei a cabeça em sinal de positivo. Confesso, senti um frio na barriga e foi aí que vi o quanto o amava. Sabia que não poderia mais vê-lo, e talvez esta certeza, voltou-se para maior certeza. O doce sentimento de ser mãe. Mas agora... Teria que esquecer.
Mas como apagar este passado tão tumultuado, humilhante da minha vida? Perdi meus pais cedo, fui criada pela minha avó que por não ter condições colocou-me para trabalhar muito menina, subtraindo-me dos estudos cada vez mais... Época que conheci o outro lado da moeda culminando meu fim. O que faria hoje para encontrar você meu filho? TUDO! Acabada, mal tratada e só. Aqui estou eu... Jogada nesta calçada fria, úmida rodeada de ratos, e pessoas mal cheirosas e desprovidas de vidas como eu... Que brigam nas lixeiras das esquinas por um prato de comida, uma guimba de cigarro ou uma garrafa de bebida.
A única coisa que me lembro do meu filho que fora dado a uma Senhora. Patroa da filha da amiga da minha avó e que trabalhava numa bela casa na Barra de Tijuca, esta que o levei e nunca mais voltei. Desde daquela época muito pouca coisa soube, até porque me ocultavam pela minha reputação. Uma vez senti saudades e até chorei. A vontade foi muita de recuar no tempo e transformar este pesadelo em sonho. Mas como? Fiquei menos de um ano com meu filho e pouco o senti pela minha ausência em mim mesmo. Hoje, fico a perguntar. Onde está você? Casado e com filhos? Bem sucedido ou será que está só? Acredito que nunca soube sobre quem era sua verdadeira mãe.
Será que se soubesse iria me procurar... Mas onde? Pelas esquinas, claro que não! Noutro dia, estive bem próximo a um rapaz... Deu-me uma sensação de conhecer aquelas expressões, o olhar, não sei... Cheguei a perguntar-me se estava maluca? Algo forte me tocou. Lembro que me aproximei e pedi um lanche, fitou-me e depois com ar sério e ao mesmo tempo dócil pediu meu lanche ao atendente. Agradeci e sentei-me na calçada para esperar. Ao ficar pronto chamou-me e entregou-me e ainda se preocupou em saber se estava bom? Imagine! BOM? Para mim estava maravilhoso. Comecei comer e percebi que num dado momento, me olhava e permaneceu no olhar. Será que sentiu a mesma emoção? Mas porque sentir? Nem sei quem é... Para onde vai ou de onde vem.
De repente, aproximou-se e perguntou o que fazia? Balancei meus ombros e com um olhar no vazio... Fazer? Fico por aí moço. Começamos um diálogo e o tempo foi passando e o lanche acabando e quando me levanto, agradeço mais uma vez e saio. Me chama querendo saber onde moro? Não entendo este interesse, falei baixinho. Mas confesso que fiquei feliz de alguma forma. Moro nas ruas, moço... Respondendo. Daí, saí em silencio e percebi que me observava.
Um dia chovia muito e frio fazia estava em baixo de uma marquise coberta de papelão para esquentar-me quando parou um carro e me aproximando pedi esmola... Foi-me minha surpresa aquele rosto... Ele? E reconheceu-me. Parou, soltou e deu-me o dinheiro e tomado de impulso, voltou. Perguntou-me se gostaria de trabalhar na sua loja como faxineira e sair desta vida. Não acreditei... Moço ta falando a verdade? Sim, respondeu. Por enquanto, dormirá num quartinho lá nos fundos da loja, arranjo algumas roupas e comida em troca de trabalho. Dependo do serviço durante um período começarei a lhe pagar a diária, ok! Claro! Aceito. Oh! Moço... E chorei de alegria. NOSSA! Exclamei eufórica. Teria que falar que tinha certo vício na bebida e no cigarro... Não era justo mentir. Deu o endereço e pediu para procurá-lo. Era perto dali. Sabia onde era... E fui ao seu encontro. Lá chegando cumpriu o combinado.
Pois bem, proibiu-me de beber e fumar. E disse: Prefere as ruas? Se não é só seguir o que oriento. Sabia que seria difícil, mas algo muito forte batia dentro mim, uma afeição e dedicação e uma mistura de sentimentos incompreendidos e digo: percebia certa inquietude por parte dele, também. Os dias foram passando e já nem parecia aquele traste rondando pelas ruas. Olhava-me no espelho e dizia? Pai, obrigada. Não mereço. Oh Pai! Traga meu filho deixe vê-lo, senti-lo... Bem verdade que já estaria muito diferente, mas mãe não se engana. De repente, tudo isso está acontecendo para quando encontrá-lo ter uma melhor impressão... Ah! Como é bom imaginar este dia! Sorri e respirei fundo.
Na realidade pouco nos falávamos na loja e mesmo, era sério e exigente com o serviço. Às vezes dava-me uma vontade de fumar e beber que me contorcia para não fazê-los. Houve uma vez que cheguei a comprar umas cervejas e um cigarro para noite curti. Porém, como já não bebia há algum tempo dormi além da medida e só dei por mim quando entra na loja e vai ao meu encontro e deparando com os frascos das cervejas e as quimbas de cigarro no cinzeiro. Deu uma repreensão e advertência. Afinal, à noite a loja corria por minha conta. Imagine se durmo ou coisa pior? Prometi que nunca mais iria ocorrer e que me perdoasse. E assim foi...
Aos poucos foi acostumando-me com tudo e nos aproximando. Um belo dia no final do expediente resolveu saber da minha vida a fundo e o contei. E ficou muito surpreso e triste por mim. E propôs muito a ajudar encontrar meu filho. Sorri e enchi-me de esperança. Tomada de liberdade comecei a perguntar pelos seus pais enfim, que se pudesse, falasse um pouquinho de si, também. Engraçado... Que ao meio desta conversa não me sentia empregada e olhe... Tão pouco o mesmo sentia-se como patrão. Era algo mágico, mesmo! De repente, foi falando por menores que não me pareciam distantes. Meu coração deu um salto e começou a disparar. Não poderia ser possível... Mas como saber? Meu Deus! Estou louca e não saberia nem dizer. Brotou em minha mente confusa todos estes pensamentos.
O que me chamou a atenção era o lugar que fora criado. O mesmo Condomínio, o nome de sua mãe era o mesmo da patroa da filha da amiga da minha avó... Será que existia alguém com o mesmo nome? Ou será que estou enganada? Foram perguntas e mais perguntas em minha cabeça. Na realidade não contei estes detalhes falei apenas de ter dado a uma família de posses na Barra da Tijuca e foi por esta razão que começou a falar donde fora criado.
Muitas vezes deu-me vontade de ir até este Condomínio, mas quando olhava para mim, recuava. E mesmo... Nem me deixariam chegar perto quanto mais... Entrar. E pra quê? Atrapalhar a vida do meu filho? Dizê-lo que quem o criou não são seus pais? E desistia. E sofria cada vez que esta vontade ficava latente em meu coração. A partir daí, fui me apegando e o tratando melhor ainda... Imagine! Já o imaginava sendo meu filho perdido. E garanto, nem por sonho achou associar esta sua história a minha. Começou a estranhar certas atitudes em relação a mim. Estava satisfeito com meu serviço e ficando melhor ainda. Minha inquietação foi percebida e quando tentava saber o que se tratava, desviava. Já não morava num quartinho nos fundos da loja e sim, num apartamento bem humilde que meu dinheiro deu para alugar e com sua ajuda mobiliei o necessário. Era uma mansão para quem morava nas ruas até uns meses atrás.
Às vezes estava limpando a loja e parava ao meio expediente e começava a fitá-lo disfarçadamente. Quando conversava tinha vontade de saber por que nunca casara, mas ficava sem jeito. Apesar de toda nossa aproximação existia um respeito. Já era muito que fazia. Sempre muito voltado para o trabalho e as responsabilidades. Acredito que se divertia de algum modo. Porque ninguém vive com aquela idade só para o trabalho e obrigações. Era estudado... Sabia até Inglês... Nossa que orgulho! Fui despertada por uma cliente perguntando por um produto. Que pena... Como amava já aquele rapaz. Um sentimento que crescia.
Um belo dia brotou uma idéia. Ao ver um programa na televisão sobre o exame de DNA que descobre a origem do nascimento. Porque não fazer? Informaram-me que qualquer fio de cabelo poderia satisfazer minha curiosidade. Porém... Senhor, se não for meu filho? Perderia esta ilusão e sofreria. Mas, já o amava como filho. Que dilema! Fui tomada de coragem e lancei-me. Conversei com um Médico que vinha a loja algumas vezes... Aproximei-me pedindo informações de como fazer o exame. Disse-me que lá havia como executar. Demoraria um pouco. Sabe como é... O exame não é tão simples e a procura é muita. Porém, há possibilidades. Fiquei muito eufórica. A partir daí, já nem consegui trabalhar direito.
Um belo dia, arrumando sua sala e pegando seu jaleco dei com um fio de cabelo grudado. Imediatamente a idéia soltou-se em minha mente. Meu Deus! Mas seria dele? Claro... De quem poderia ser se não dele? Recolhi-o e guardei-o com todo carinho em uma caixinha de grampos que estava em cima da sua mesa para jogar fora. Agora, seria encaminhar ao Hospital, procurar o Médico ciente da situação, pois me prometeu ajudar. Detalhe, o Médico não sabia que minha esperança estava justamente próxima a mim. Nem desconfiava que justo o meu patrão e seu amigo poderia ser meu filho. Na semana seguinte, pedi para ir ao hospital, ficou até preocupado comigo... Está se sentindo mal? O que aconteceu? Não se preocupe volto rapidinho. É coisa boba da idade... Sabe como é, né? Não se preocupe, por favor. E sugeriu até que fosse para casa, mas aleguei não ser preciso. Volto já! ...
Saí com meu maior segredo em uma caixa de grampos vazia. Chegando ao Hospital procurei o Médico estava muito ocupado. Mas disse não ter problema, eu o espero, é importante moço. Já havia passado um bom tempo e aí o mesmo depara comigo e lembra-se perfeitamente. Perguntou o motivo que me trouxe até lá... É sobre aquele exame Doutor, lembra? O tal do DNA. Ah! Sim... Olhe sei que até fio de cabelo serve certo? Pois é... Está aqui nesta caixinha. Doutor por favor, o Senhor promete resolver este problema para mim? Colocou a mão em meus ombros e disse: Vou ver isso para Senhora. Vai demorar? Quanto tempo, Doutor? Uns três meses mais ou menos. Tudo isso?... Tudo bem! Muito obrigado e como faço para pegar o exame? Olhe, estou ora e outro na loja, e assim que ficar pronto eu a aviso para pegar. Doutor não diz nada para meu Patrão e seu amigo, por favor! Mas por quê? Vocês parecem se dar tão bem.. Fala tão bem da Senhora... Eu sei... Mas por favor! Guarde este segredo. Posso contar com seu silencio? Tá bom, tá bom... Fica tranqüila.
Parti cheia de esperança e medo. Medo de não saber o que fazer caso fosse positivo. Acho que iria explodir de alegria. Uma coisa é certa, já havia decido. Se fosse verdade, jamais contaria. Sofreria por não poder tê-lo em meus braços. Mas daria graças a Deus por estar tão próximo a um filho que rejeitei e Deus me devolveu são e salvo e sendo um homem bom e estruturado na vida. Era solitário disse-me uma vez que têm seus livros, suas viagens e seus amigos e quanto a namoradas já sofreu o bastante e que agora quer é mesmo curtir a vida. E Daí em diante nunca mais tocou no assunto. E sinceramente, não sei nem porque razão comentou. Deveria está muito deprimido para falar de si, acho.
Ao chegar à loja meu patrão perguntou como estava e o que Médico havia dito. Quase fraquejo esqueci totalmente o motivo da minha saída. Infelizmente tive que mentir. Apenas limitei-me a dizer que fui medicada era a pressão um pouco alta. Mas já estava sobre controle e voltei as minhas obrigações.
Os dias e os meses foram passando e cada dia mais aflita. Comecei até cometer certos erros que na realidade não me era de costume. Mas era por conta desta ansiedade. Chegou até me repreender para prestar mais atenção. Não era de ter muita paciência com erros...
Numa tarde, estava a limpar uma prateleira entra o Médico. Inclusive, até meu patrão comentou o seu sumiço, porém, alegou ter ido a um Congresso em Pernambuco. A minha maior preocupação era comentar a respeito daquele dia e até mesmo do exame que havia pedido para fazer. Mas não... Até que numa pequena chance me aproximei e perguntei sobre o exame. Disse-me para passar daí a três dias e procurá-lo no Hospital. Pelo tempo acredita estar pronto. Agradeci e pedi que não comentasse, disse para não me preocupar e mesmo meu Patrão nada tem a ver com a minha vida particular. Só que não sabia que muitas coisas a respeito do meu passado ele sabia e poderia suspeitar de algo. Ok! Falei. Aliviando-me.
Passado os três dias estava no Hospital para medir minha pressão porque foi isso que aleguei de novo. Espero, espero e já indócil com o coração espremido por tantas misturas de sentimentos. Nisso ouço me chamarem e vou ao encontro. Entro pego o envelope e peço para enfermeira chamar o Doutor. Alega que naquele momento está numa cirurgia. Mas a encaminharia a outro Médico. Agradeci e a segui. Lá chegando pede para entrar e explico do que se trata. Concordou em abri - lo e ler para mim o resultado. O Médico disse a resposta mais esperada destes anos... É seu filho, sim. Meu chão escapou de mim... Tudo rodava. Já que me encontrava no hospital fiquei até em observação e ao me refazer fui para casa. E agora?
No caminho chorava e ria ao mesmo tempo tamanha euforia. Porém, tive que colocar os pés no chão... Nada podia fazer nada! Nem um gesto de carinho poderia demonstrar e muito menos dar. Imaginem... Um filho que procurei há anos e Deus o faz me encontrar e hoje, a seu lado, um abraço, um beijo, um sorriso de alegria, não pode dar. E muito menos e principalmente, chamá-lo de filho. Será castigo? Será uma bênção? Terei que me contentar e ser grata por estar ao seu lado e jamais me afastar até o dia que Deus me chamar. Morrerei feliz porque estiveram meus últimos momentos ao lado de um filho que desprezei e aprendi a amar sem ao menos ter a certeza de ser meu filho e que hoje sendo, o amo mais que minha própria vida. E este segredo irá comigo pelo bem lhe quero. Porque jamais darei de volta o sofrimento que um dia o causei. Não fiz quando muito menino, mas, agora tua mãe e que nem ao menos pode dizer que é... Sacrifica-se por você por muito que te causou...
E ao meio destes pensamentos entra seu patrão e percebe suas lágrimas a rolarem sem cessar de seu rosto distante. Interrompe lhe perguntado se está sentindo alguma dor ou algum mal estar. Afirmo que minha maior dor já passou e que agora nenhuma dor por maior que seja me abalará. E olhando firme em seus olhos... Senti muita vontade de abraçá-lo e neste momento e sabendo da perda do meu filho achou serem saudades do mesmo. E me perguntou... O que há? Sinto que quer me dizer algo... Pode dizer. Senhor se importaria de lhe dar um abraço? Não me leve a mal, por favor. Ele a segura com meiguice e respeito e lhe abraça. Quase desfaleci de alegria senti o coração do meu filho batendo como estivesse em meu ventre. Pronto! Está feliz agora, perguntou sorrindo. Enxuguei-me das lágrimas e a pedido me recompus. E daquele dia em diante minha vida mudou para sempre. Uma felicidade a metade, mas, que para mim. É única! Porque compreendia que não há amor maior que a de um filho e de uma mãe. Obrigada Meu Deus! Por esta grande descoberta.
             A Vida que um dia a destruí e hoje a reconstruí.


Biografia:
"Brasileira, Carioca e guerreira." Geralmente vou ao encontro de meus ideais. Obstáculos? Alguns... Os vejo como ferramentas para meu fortalecimento. Quando algo negativo acontece os transformo em pontos positivos para um crescer vitorioso. Acredito... Em Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo e depois em mim. Simples assim...

Este texto é administrado por: Rosangela de Castro Medeiros da Cruz
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