Oxalá que os nobres senhores presentes nesta
Nunca venham passar males
O qual passei como simples observador.
Em busca daquela “dita” liberdade
Que nos faz chorar a perda de tantos jovens:
Filhos, pais, maridos, homens de luta!
Oxalá que esta , o qual tantos anos lutou-se,
Esteja impregnada, gravada, marcada a ferro
Como as pedras desta praça. Pelo ideal de ontem,
Pois, esta mesma praça foi ontem trincheira de guerra.
E, se olharmos bem podemos ver rejuntando as pedras
O sangue daqueles que seguiam, cegamente,
Uma bandeira, um só líder: o povo.
E uma vida mais justa era sua mote.
Oxalá os nobres senhores possam compreender
A razão destas mal escritas palavras.
Para que reflitam nosso encontro de hoje,
E amanhã recitem-na com tanta paixão, quanto eu.
Não tem nada haver com revolta,
Nem de longe, não interpretem mal
São apenas palavras de um homem que registrou
Os últimos dias, as ultimas horas, os últimos suspiros, com carinho!
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