Era Meiji.
A Era Meiji foi um período de abertura da economia japonesa para o Ocidente. A industrialização e a modernização foram seus traços principais. As medidas mais importantes foram: a criação de infra-estrutura, como ferrovias e portos; a instalação de indústrias de bens de produção; os grandes investimentos na educação para obter mão-de-obra qualificada; os investimentos feitos na indústria pelos grupos familiares, ZAIBATSUS, que se tornariam grandes conglomerados; adoção do xintoísmo.
Fatores que permitiram a reconstrução econômica do Japão após a Segunda Guerra.
Depois de ter sido derrotado na Segunda Guerra Mundial, a reconstrução do Japão foi favorecida por vários fatores: os Estados Unidos investiram capital na reconstrução japonesa com medo da influência sino-soviética. A ajuda norte-americana recebeu o nome de Plano Colombo, que correspondeu ao que o Plano Marshall significou para a reconstrução européia; mais uma vez o Japão investiu maciçamente na educação da população e a presença dessa mão-de-obra qualificada, numerosa e mais barata que a européia ou norte-americana facilitou a reestruturação econômica e industrial do Japão; as indústrias bélicas transformaram-se em indústrias de alta tecnologia; o governo privilegiou e incentivou as exportações de produtos industrializados; os fatores culturais também contribuíram para essa ascensão; no início da retomada os trabalhadores guardaram seus salários e foi essa poupança interna que permitiu novos investimentos sociais e industriais direcionados pelo Estado.
Questões (comentadas)
Qual foi a importância da Era Meiji para o Japão?
A Era Meiji, que se estende de 1868 a 1912, foi de fundamental importância para o Japão, porque foi nesse período que o país se modernizou. Tendo o Estado como agente indutor do processo de modernização-industrialização, o Japão emergiu como potência já no início do século XX. Nesse período, o Estado encarregou-se de abrir o país ao exterior, de investir em educação, de implantar a infra-estrutura necessária para a industrialização, de abrir as primeiras fábricas (que com o tempo foram vendidas aos clãs mais poderosos do país), de investir na sua capacitação bélica etc.
Por que o Japão também protagonizou uma expansão imperialista no início do século XX?
No início do século XX, o processo de industrialização japonês deparou com um problema estrutural que, se não fosse resolvido, poderia inviabilizá-lo: a escassez crônica de matérias-primas e de fontes de energia, a limitação de seu mercado interno e a exigüidade das terras agricultáveis. Na tentativa de solucionar esses problemas, o Japão trilhou o mesmo caminho já seguido pelos europeus e norte-americanos, ou seja, procurou expandir-se territorialmente. O imperialismo japonês apoderou-se de vastos territórios no leste e sudeste da Ásia. A fase de maior expansão territorial coincidiu com a Segunda Guerra Mundial, que, no entanto, também marcou o fim do Imperialismo japonês após a sua derrota.
Explique a estrutura do comércio exterior do Japão.
O Japão é, devido à limitação de seus recursos, um grande importador de matérias-primas agrícolas, minerais e fósseis, de energia e de alimentos, que são, em geral, mercadorias baratas. A muitos desses produtos primários agrega capitais, tecnologia sofisticada, mão-de-obra qualificada e bem-remunerada, produzindo bens de capital e de consumo que são exportados em grande escala por preços relativamente muito maiores, o que lhe permite obter grandes vantagens no comércio exterior. O Japão é um grande exportador de automóveis, produtos eletrônicos em geral, navios, relógios, motocicletas, produtos fotográficos e cinematográficos, máquinas, aço etc.
Como se explica a crise econômica japonesa a partir do início dos anos 1990?
O grande acúmulo de riquezas no país provocou uma crescente especulação com ações, levando a uma enorme alta na Bolsa de Tóquio. Enquanto isso, os bancos japoneses fizeram grandes empréstimos sem critérios, principalmente para o ramo imobiliário, o que provocou uma grande especulação nesse setor. Os preços dos imóveis no Japão subiram exageradamente, transformando-se nos mais altos do mundo. Essa bolha especulativa – financeira e imobiliária – estourou no início dos anos 90. Os preços das ações e dos imóveis despencaram, fazendo a crise se propagar pela economia real. Os bancos, não tendo como receber dos devedores, não faziam novos empréstimos. Muitas empresas – indústrias, bancos, corretoras etc. – foram à falência, levando o país à estagnação econômica.
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