“Tardes sufocantes”
Adentrei em nossa casa e o silêncio sepulcral se fez presente, vazio pela casa, lembranças na mente.
Olhei o velho relógio pendurado na parede acima de sua foto, e por mais que tentasse, ele sequer mudava sua rotina torturante.
O telefone não toca, os pássaros sequer ciscam em nosso jardim, o tempo parece uma afiada navalha, rasgando impiedosamente, minha saudade insolente.
Os passatempos não me valem de nada, fechar os olhos além de doloroso, faz com que a distância engrandeça novamente.
Agora as tardes são insignificantes, o sol escaldante não aquece um corpo ausente, o café se tornou amargo, a comida insuficiente. Volta logo, assim posso abrilhantar o sol divinamente.
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