Autismo é um transtorno no desenvolvimento, que compromete principalmente a comunicação, socialização, imaginação e a criatividade do indivíduo. Na maioria das vezes as crianças nascem sem nenhum tipo de problema ou aparência, e que ao longo dos seus meses de vidas vai aparecendo as dificuldades bem como o atraso na fala, no olhar, na sua interação com o meio que vive, enfim são inúmeros fatores que se encaixam nesse tipo de distúrbio.
Apesar de a criança autista apresentar algumas dificuldades, leves, médias ou severas, para seu desenvolvimento cognitivo, comportamental, social, ao tentar interagir com a sociedade em geral, principalmente em sala de aula com crianças “ditas normais” é, preciso incluí-las dentro do contexto geral da escola respeitando as suas especificidades para que a mesma possa aprender e participar, estando incluída e não somente integrada.
A brincadeira se constitui como atividade fundamental no desenvolvimento infantil por possibilitar que, enquanto brinca, a criança, sozinha ou em interação com outras crianças/pessoas, resolva problemas, elabore hipóteses num pensar sobre si e sua atuação no meio favorecendo a elevação dos modos de pensamento.
Na criança normal, o brincar acontece e se desenvolve de maneira que nos parece espontânea, nas situações interativas com adultos e/ou outras crianças, aprendendo a partilhar a atividade e a atuar com os objetos de forma lúdica. Mas, quando se trata da criança com autismo, o processo não é simples, pode ser longo e frustrante para o outro – pais, familiares e educadores – devido às restrições na interação, o que provoca um baixo investimento nas possibilidades do brincar, desacreditando da importância e da viabilidade da brincadeira para o desenvolvimento dessa criança.
Na criança pequena, o caráter desinteressado do brincar, sem a finalidade de se produzir algo concreto, permite a liberdade de ações.
O papel do adulto/mediador é favorecer que a situação de brincadeira se constitua como um espaço de elaboração e entendimento do real, criando condições para avanços significativos no desenvolvimento dessa criança, possibilitando a expansão dos domínios social e afetivo-emocional.
Crianças com autismo apresentam dificuldades funcionais que comprometem sua interação social, percebe-se o isolamento, dificuldade de afetividade, atrasos na fala entre outros. Quanto mais cedo diagnosticado, inicia-se o tratamento de adaptação à escola, motricidade, afetividade, além de conhecimento especializado, com o propósito de interagir com esta criança e ajudá-la a alcançar níveis de aprendizagens positivos.
Educar um autista é preciso também promover sua integração social, o contato com os professores e com as crianças da escola será fundamental. Os profissionais da educação juntamente com a família e profissionais da área devem trabalhar em conjunto; criando oportunidade e acompanhamento a criança com possibilidades desta se desenvolver normalmente, interagindo com as demais crianças e desenvolver socialmente.
Compreendendo a importância de uma escola inclusiva que recebe a todos, percebemos o quanto é importante escola e família andar juntas. A Escola visualizar os sinais de autismo e informar a família para que a criança consiga ter um diagnóstico precoce o quanto antes para realizar terapias complementares.
Claudia Jarré Prestes
Daiane da silva da rosa
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