"Todo crime é crime", 'não existe pecadinho ou pecadão", "você está generalizando", e assim vai. Essas são demonstrações da ausência das devidas proporções a cada caso.
De fato o roubo é considerado uma violação à lei vigente assim como o homicídio, mas seria apropriado que se calculasse as consequências que cada um desses crimes pode gerar ao indivíduo e demais vítimas. No roubo, a vítima perde seus bens injustamente, porém suas consequências podem ser abatidas com o tempo, enquanto no assassinato comete-se uma ação irreversível, por isso hediondo. Um crime que pode ser reparado e um crime irreparável são iguais? Um crime pode ser posto no mesmo peso de outro quando suas consequências são tão radicalmente diferentes?
Ao generalizar algo pode-se cometer o erro de ignorar detalhes relevantes, assim como facilitar dados supostamente estatísticos (para passar mais rapidamente uma informação). Quando dizemos que todos os políticos são corruptos estamos nos referindo ao fato de que muitos, mas muitos deles são "salafrários", porém podemos ofender aqueles poucos que nunca cometeriam tal erro. Generalizemos ou não?
A relevância do senso das proporções, em se tratando de pessoas, é válida exatamente para que os culpados não sejam aliviados e os honestos não se tornem culpados por unanimidade.
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