Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Crônicas de Moacyr Scliar - impressões pessoais
Flora Fernweh

“Histórias que os jornais não contam” já é de início um título que desperta a curiosidade. Para além de um engenho inaugural do autor, o livro faz jus àquilo que a capa traz, visto que Scliar vale-se de notícias, manchetes e fatos cotidianos para compor suas narrativas tão bem escritas e elaboradas, que certamente vencem pelo arrebatamento de uma crônica e pelo nocaute de uma situação inusitada, extraídas da banalidade do dia a dia ou de grandes acontecimentos pelo mundo e pelo contexto em que se encontra. Scliar inspira-se humoradamente nas experiências vividas para tocar a ficção e para beirar o imaginário. Por vezes expressa em palavras aquilo que somente pensamos quando lemos um jornal e que deixamos armazenado no fundo do pensamento como uma ideia sem nexo. O autor, por sua vez, nos convida a tornar o ato de pensar algo livre e espontâneo, porque ele explora todas as possibilidades, cria caminhos e até confere um destino inimaginável a uma situação que parece óbvia. Scliar realiza o absurdo com a fluidez de um bom cronista que sabe captar a atenção em palavras breves, eternizando-as na memória de quem lê ou de quem se conecta com fatos corriqueiros cuja criatividade extrapola a razão, o bom senso e ganha a fantasia em um tom mais pessoal. Textos jornalísticos frequentemente têm o propósito de informar e são escritos em terceira pessoa, mas Scliar inova ao transpor tais textos para uma linguagem literária, em que o contato autor-leitor dá-se, e somente pode assim o ser, em primeira pessoa, sem os óbices de uma formalidade jornaleira. Este é um dos contrastes com os quais o autor brinca em seus textos, fazendo da escrita uma fonte de prazer em descobrir o que não se busca, e de compreensão sobre as entrelinhas onde a verdade pode estar escondida.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
Número de vezes que este texto foi lido: 60504


Outros títulos do mesmo autor

Crônicas Sobre ser mulher Flora Fernweh
Sonetos Soneto dos dois anos de amor Flora Fernweh
Haicais Ampunheta Flora Fernweh
Crônicas Agora o ano começou Flora Fernweh
Crônicas Considerações sobre o Oscar 2025 Flora Fernweh
Crônicas Meu bloco na rua Flora Fernweh
Haicais Sextante Flora Fernweh
Crônicas Barrada no sex shop Flora Fernweh
Crônicas Companhias de viagem Flora Fernweh
Poesias Línguas sem saudade Flora Fernweh

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 445.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
REPELENTE - LUCILENE COSTA LICA 62975 Visitas
Correntes neoliberais - Isadora Welzel 62450 Visitas
O apagão aéreo toma conta de nossas mentes - alex dancini 62233 Visitas
Viver - Lion Bell 62147 Visitas
O ofício do professor - Patricia Ferreira Bianchini Borges 61980 Visitas
Os Construtores de Templos - Cesóstre Guimarães de Oliveira 61951 Visitas
Era uma vez...Espaço - Ivone Boechat 61924 Visitas
O câmbio na economia internacional - Isadora Welzel 61788 Visitas
Sobre a Coragem & Persistência - Geraldo Facco 61359 Visitas
RODOVIA RÉGIS BITTENCOURT - BR 116 - Arnaldo Agria Huss 61245 Visitas

Páginas: Próxima Última