Ao libertar-se do útero, em eclosão,
nunca prevê, a meiga criatura,
as contingências da sua desventura,
no holocausto da raça, em extinção.
Será mais uma vítima da contaminação;
Receberá sua mente, ainda pura,
num eletrodo invisível uma cultura,
do pior vírus, de múltipla infecção.
Humanus Vírus, de ação sutil e lenta,
que faz da hipocrisia lei enfática,
e ao próprio ego erige um santuário.
Nas profundezas da alma neuropática,
mais uma fera ferida se lamenta,
a procurar por um deus imaginário...
|
Biografia: Poeta amador, nascido em João Pessoa, Paraiba, em 26.02.1958, às vésperas de lançar o 1° livro, que deverá sair em 2007, e com muitos sonetos já lançados em diversos sites de poesia da internet, sob o pseudônimo de LENTORHI. Totalmente a favor da espontaneidade, mas preservando o bom gosto nos temas e na forma de escrita poética. |