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Quando Ser Misericordioso e Quando Exigir Justiça
John Piper

Por John Piper

Meditação em 2 Tessalonicenses 3:8-15

"[Nós] nem jamais comemos pão à custa de outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós; 9 não porque não tivéssemos esse direito, mas por termos em vista oferecer-vos exemplo em nós mesmos, para nos imitardes.10 Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma. ...14 Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. 15 Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão."

Paulo corta o nervo do impiedoso e do injusto. Algumas pessoas se estribam tão duramente na justiça que não tem lugar para misericórdia. Algumas outras fazem o oposto: misericórdia minimiza a justiça. O que chama a atenção nessa passagem é que Paulo modela a misericórdia e exorta a justiça. Uma chave para a vida do crente é a sabedoria espiritual para saber quando e como aplicar ambas.

Considere o exemplo, que Paulo deu, de misericórdia nos versos 8 e 9:"[Nós] nem jamais comemos pão à custa de outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós; não porque não tivéssemos esse direito, mas por termos em vista oferecer-vos exemplo em nós mesmos, para nos imitardes." Aqui Paulo está modelando a misericórdia: Ele desiste do seu "direito" de receber suporte. Misericórdia é dar mais que requerer, e exigir menos do que ter direito. Então Paulo não está buscando justiça para si mesmo. Ele está modelando misericórdia - não insistindo em seus direitos.

A razão pela qual ele está fazendo isto é "oferecer-vos exemplo em nós mesmos, para nos imitardes." (verso 9). Portanto, ele considera misericórdia algo que outros devem seguir. O comportamento específico que ele quer que eles copiem é "colocar a mão na massa". Existiam pessoas indispostas a trabalhar que estavam pedindo coisas para outros que deveriam elas mesmas comprar. Paulo estava dando-as um exemplo: trabalhe! Mas não se esqueça que o jeito de Paulo modelar o compromisso de trabalhar era renunciar seus direitos e agir misericordiosamente.

Não obstante, o que ele exorta é justiça (versos 10, 14-15): "se alguém não quer trabalhar, também não coma... Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele." Em outras palavras, há situações quando exigir que alguém aja de modo justo (adquira o seu pão, não seja um parasita) é preferível à misericórdia que diz: você pode ter pão mesmo se não trabalhar para isso.

Então aqui nós temos exemplos apostólicos de misericórdia para ser imitada, e a exortação apostólica de justiça a ser obedecida. Existe consistência aqui? Sim. Ambas são formas de amor que deseja o bem da igreja. O ato de Paulo de misericórdia e o chamado de Paulo por justiça almejam o bem das pessoas. Por um lado, Paulo cede os seus direitos e ajuda a igreja a ver que o seu tesouro e a sua justiça final estão no céu e não na terra. Mas, por outro lado, Paulo proíbe um irmão de tirar proveito dessa misericórdia e envia o povo de volta aos princípios da justiça: sem trabalho, sem comida.

Mas veja o objetivo amoroso da justiça: "...para que fique envergonhado. Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão." (versos 14-15). É algo amoroso despertar a vergonha de alguém que comete comportamento vergonhoso. E é vergonhoso para a pessoa criada a imagem e semelhança de Deus estar indisposta a trabalhar. Trabalho é uma forma apontada por Deus de refletir a glória de Deus por meio de depender dele para a força e sabedoria de desempenhar a excelência que imita a obra de Deus. É vergonhoso para um homem estar despido do reflexo da glória de Deus - um bom trabalho.

Eu sugiro três critérios para avaliar quando seguir misericórdia ou justiça: 1) Conheça a sua personalidade e resista a excessos que entrem em acordo com a sua inclinação (leniente ou exigente); 2) Quanto mais pessoal e privada a ofensa, mais misericórdia mostrar; quanto mais geral e pública a ofensa, mais justiça requerer; 3) Esteja certo de que, em qualquer caso, o seu motivo é amor pelas pessoas envolvidas, inclusive o ofensor.


Este texto é administrado por: Silvio Dutra
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