Amor, escrevo para te dizer
Que já não resisto de tanta saudade...
Fico te buscando, querendo te ver,
Como a lua no fim da tarde.
A vida que levo não é vida
Desde que teus olhos se ocultaram dos meus,
Abrindo no meu peito essa mortal ferida
Que só fechará com o toque de tuas mãos de Deus.
E essas meigas palavras que escrevo
Sobre o papel almo, ledo,
Encerram o encanto do nosso sentimento.
Na espera de um despontar da aurora
Prostro-me no teu silêncio (como faço agora)
Tentando tocar-te com as asas do pensamento.
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