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Ação do intrmperismo como agente modificador de relevo
shyrlane gomes de lima

Resumo:
Sob as nossas condições de clima tropical as rochas tendem a se decompor, formando o chamado manto de intemperismo. Intemperismo é o conjunto de processos atuantes na superfície terrestre que causam a decomposição dos minerais presente nas rochas, devido à ação de agentes atmosféricos e biológicos, diante disso, é perceptível que é o clima o principal fator que determina o tipo de intemperismo de cada local. Fatores como a temperatura, a umidade, o regime de ventos, a evaporação, a insolação, a topografia da região, as correntes marítimas a altitude entre outros fatores e a relação com as atividades biológicas estão relacionados ao intemperismo. Diversos são os fenômenos que agem em intima relação nos processos do intemperismo. Esses fenômenos podem ser físicos, químicos e biológicos, e agirem separados ou em conjunto, essa ação vai depender do clima e do tipo de rocha presente. Tudo isso vai decorrer da decomposição da rocha matriz e sua conseqüência será a formação do solo.
Podemos entender como intemperismo o conjunto de processos físicos,químicos e biológicos decorrente da ação do meio (clima,relevo e biologia)sobre a rocha, alterando sua estrutura composição com o decorrer do tempo.
Palavras-chave: Intemperismo Químico. Intemperismo Físico. Intemperismo Biológico. Desagregação das rochas. Decomposição.

1. INTEMPERISMO QUÍMICO

Este tipo de intemperismo é caracterizado pela reação química entre rocha e soluções aquosas diversas. Se caso a rocha tenha sofrido previamente uma decomposição física, este processo ocorrerá mais rápido, pois a rocha estará em fragmentos menores, facilitando o contato com os agentes aquosos. Os gases mais importantes nesse intemperismo são o oxigênio e o gás carbônico, encontrados nas águas pluviais. Os principais tipos de reações químicas são: dissolução; carbonatação; hidratação e hidrólise; oxidação e redução e hidrólise.
Existem três estágios na evolução intempérica de uma rocha. O primeiro caracteriza-se pelo ataque químico ao mineral da rocha, mantendo a textura da rocha. O segundo, os minerais são completamente decompostos, mas percebe-se ainda a textura original da rocha. O terceiros estágio é o da decomposição total da rocha, desaparecendo por completo a sua textura. É o que chamamos de solo.

“Certamente, há a passagem gradual entre esses três estágios, que no seu conjunto formam o rogolito ou manto de intemperismo. Deve ser aqui lembrado que o processo de decomposição de uma rocha não vai além do nível de drenagem da região. De um modo geral, somente acima deste nível se dá o movimento de percolação das águas, as responsáveis pela decomposição química das rochas.”(LENIZ, 1975,p.55)




1.1 Dissolução
É comum nas rochas formadas por carbonatos e os efeitos maiores são a formação de cavernas em regiões calcária.
1.2 Carbonatação
     O gás carbônico dissolvido na água dá origem a uma solução referida como se fosse de ácido carbônico. A reação entre esta solução e os mineras é designada de carbonatação.
1.3 Hidratação e Hidrólise
     Esses dois processos estão interligados. Com a hidratação a água é incorporada, indo fazer parte do edifico cristalino do mineral e com a hidrolise dá-se a decomposição pela água.
1.4 Oxidação e redução
     Na oxidação, o oxigênio reage com os minerais , principalmente com os que contem ferro, manganês e enxofre. Na redução verifica-se em certas jazidas metalíferas, graças à ação sulfídrico, substância fortemente redutora.
2.DESINTEGRAÇÃO FÍSICA:
Diante da variação de temperatura que ocorre durante as horas de um dia todos os corpos sofrem mudança de volume, ou seja, dilatam com o calor e se contraem com o resfriamento. Esse fenômeno não é diferente com as rochas que são formadas de vários minerais que, por sua vez, possuem coeficientes de dilatação térmica distintos e quando expostos a insolação durante o dia e resfriamento à noite, que dependendo da região essa variação pode ser bastante grande. Com esse constante esforço durante séculos e séculos ocorre o enfraquecimento desses minerais, tornando cada vez mais fácil a sua desagregação, reduzindo-os a pequenos fragmentos.
Um ótimo exemplo de desagregação mecânica se dá nas regiões semi-áridas do nordeste, onde a insolação é grande causando um superaquecimento das rochas e sendo estas expostas a uma chuva repentina que por conseqüência causa um rápido resfriamento fazendo com que as rochas sofram um quebramento brusco.
A variação de temperatura é inversamente proporcional a profundidade do solo, o atraso vai depender do poder de condução térmica do solo e também da cobertura vegetal que protege o solo da ação direta do sol, entese, por isso, que as rochas mais profundas sofreram menos ou não sofreram com esse tipo de intemperismo.
Como nas regiões áridas ou semi-áridas a ocorrência de chuvas é pouca, dificilmente a água vai conduzir os sais solúveis ao mar. Nessas áreas a água da chuva penetra na terra e pela ação capilar retorna a superfície da terra, nesse retorno ela traz consigo os sais minerais solúveis presentes nas rochas, já na superfície a água evapora e os sais ficam depositados, a repetição desse fenômeno é que vai causar a desagregação lenta da rocha. Vale ressaltar, ainda que o tipo de sal vai variar podendo ser, por exemplo nitrato de potássio ou cloreto de sódio, tudo vai depender do tipo de rocha presente na região.
O intemperismo físico pode ocorrer ainda quando a água penetra os poros da rocha e se congela, pois a água congelada atinge 9% de seu volume original, exercendo assim uma força sobre a rocha, a constância desse fato vai alargar os poros ou fendas dessa rocha ocasionando o seu enfraquecimento e conseqüente quebramento. O poder destrutivo dessa atividade vai variar dependendo da natureza da rocha, pois quanto mais poros ela tiver mais fácil será a sua decomposição.           
       
3.INTEMPERISMO BIOLÓGICO
O Intemperismo Biológico ocorre através dos seres vivo (plantas ou/e animais) onde estes desempenham de forma direta ou indireta o trabalho muito importante na intemperizaçao das rochas. Um aspecto bastante importante do intemperismo biológico é o seu papel no desenvolvimento e formação dos solos.
No intemperismo biológico as raízes das árvores penetram nas fissuras e alargam ou trituram as paredes rochosas em busca de sais minerais, além da ação de fraturamentos nas raízes elas também liberam ácidos húmicos que irão causar o intemperismo químico. O intemperismo biológico é uma categoria do intemperismo químico em que as reações químicas que ocorrem nas rochas são propiciadas por seres vivos.
                                                                ‘Os organismo vivos,principalmente as plantas                  
                                                                contribuem muito para a decomposição
                                                                química das rochas do que para sua desagregação
                                                                mecânica”(BIGARELLA,    
           
Pode se dizer que o intemperismo biológico representa uma combinação dos efeitos conjugados de processos químicos e físicos atuando sobre o substrato.
Podemos destacar como atuante no intemperismo os liquens, as bactérias, plantas superiores entre outros.
O intemperismo causado pelos liquens resultam em produtos secundários de estruturas pobremente ordenadas, embora possam tornar-se cristalizados com o passar do tempo.
No caso da bactéria elas entram nas fissuras e mesmo nos poros da rochas. Como elas necessitam de oxigênio do ar para viver, são ditas aeróbicas, as bactérias são bastante ativas em ambientes redutores,produzindo sulfetos entre outros compostos característico do meio.
Vale ressaltar também a atuação dos animais, como os roedores e/ou escavadores, bem como dos que lançam excreções ácidas que irão atuar nas rochas.
Um exemplo deste tipo de intemperismo são os ouriços do mar. Estes se alimentam, principalmente, de substancias minerais e quando reunidos em enxames, podem deixar as rochas com aspecto de "queijo suíço", com a erosão marinha criando uma infinidade de pequenas crateras nas rochas.


Biografia:
Graduanda do curso Serviço Social pela UFPE, Licenciatura em Geografia pela UPE. professora por 4 anos na Escola comunitaria Arca de Noé- ensino Fundamental I, Professora de Geografia por 2 anos na escola Municipal João XXIII- Ensino Fundamental II

Este texto é administrado por: Shyrlane Gomes de Lima
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